Desafio de Ano Novo para 2004!

Peter
March 17, 2004

Resumo da Cúpula 2003

Peter A.CM/FM 3468 10/03

Queridíssima Família,

Deus abenèoe vocês! Mamäe e eu os amamos muito, e oramos por vocês diariamente. Estes últimos meses têm sido bem puxados para nôs, e temos certeza que para vocês também, à medida que o Senhor nos guia e orienta no sentido de nos tornarmos os discípulos e missionârios totalmente dedicados que Ele nos chamou para ser. O seu servièo para o Senhor é inestimâvel, e embora saibamos que o Inimigo luta contra isso e contra vocês diariamente, vibramos com os testemunhos que recebemos de tremendas vitôrias ganhas, tanto nas suas vidas pessoais como no trabalho profissional missionârio de seus Lares e âreas.

2. “Quando invocam o poder das chaves vocês se tornam uma forèa invencível! Invocar o poder das chaves é o caminho para obterem forèas, poder, vitôria e uma nova vida!”

3. O Senhor com certeza nos colocou numa jornada da qual näo tínhamos idéia do fim quando‚ hâ cerca de um ano, Ele nos orientou a concentrarmos nossa atenèäo no Brasil e investirmos tempo, oraèöes desesperadas e conselhos nas necessidades da Família naquele campo täo potencial. O nosso Guia nos levou a dar passos novos e radicais, até mesmo “chocantes”, como alguns de vocês expressaram nas reaèöes que nos enviaram‚ e decididamente foi algo que deixou cada um de nôs sôbrio e mexeu conosco no espírito.

4. Posso assegurâ-los que tanto eu como todos nôs nos WS fizemos um bom exame de consciência em relaèäo ao nosso prôprio padräo de discipulado e nossa obediência à incumbência que o Senhor deu a cada um em sua vocaèäo e ministério. Se, depois de lerem as BNs recentes para o Brasil e outras, tais como "Você é um Discípulo?" sentiu que estâ aquém das expectativas, entäo compartilha essa convicèäo com muitos outros, inclusive nôs nos WS. Na verdade, levando tudo em consideraèäo, o versículo “todos pecaram e destituídos estäo da glôria de Deus” descreve bem o grau de obediência de cada um de nôs às Palavras do Senhor nos últimos anos.

5. O Senhor tem sido muito paciente, misericordioso e amoroso nas Suas correèöes e orientaèöes, como também firme e definido. Estamos orando fervorosa e desesperadamente para que nos agarremos à coroa, vocaèäo e destino que Ele tem para a Família, concentrando nossas oraèöes, tempo‚ conselhos e trabalho nesse sentido nos últimos meses.

Cúpula 2003 no México

6. Muito antes da minha viagem ao Brasil, o Senhor nos guiou a planejarmos uma Cúpula e reuniöes dos Comitês Internacionais para outubro de 2003. O Senhor supriu um lindo lugar no México onde Mamäe e eu nos reunimos com os 33 COs‚ 10 membros de Comitês Internacionais que näo säo COs e 22 outros participantes (VSs e outros)‚ juntamente com 11 membros de Comitês Internacionais dos WS. Passamos um mês juntos orando e nos abastecendo com a Palavra, tendo lindos momentos de louvor e expressando nossa gratidäo ao nosso maravilhoso Marido pelas Suas muitas bênèäos e orientaèäo sobrenatural. Foi também um lindo e fortalecedor convívio com oraèäo desesperada, conselhos e ouvindo o Senhor!

7. Cada cúpula é ímpar em termos da ênfase, do propôsito e das metas que o Senhor nos dâ, e esta foi diferente das outras em muitos sentidos. Vou compartilhar com vocês alguns trechos de uma das profecias de abertura que o Senhor deu para os participantes, que vai ajudâ–los a entender o tom e a natureza dessas reuniöes, e o chamado às armas que foi para todos nôs.

8. (Jesus:) Meus amores, sei que vocês realmente merecem uma trégua para poderem descansar, desafogar e se fortalecer, e se fosse possível Eu lhes daria esse tempo. Teria muito prazer em deixâ-los baixar as armas e simplesmente descansar, se pudesse. Mas agora näo é hora para isso, porque estamos na linha de frente‚ e o Inimigo levantou sua mäo contra vocês, contra seus filhos, e contra todos os seus amados. Ele estâ investindo contra vocês neste momento, e a sua ferocidade, seu bafo fedorento e seu suor pútrido devem incitâ-los! Näo resta mais nada a fazer a näo ser lutar! Näo tem volta. Näo tem escapatôria.

9. Guerra nunca é algo bonito ou fâcil. É matar ou morrer. E vocês, Meus guerreiros, neste exato momento estäo no grosso da batalha. Sei que às vezes é difícil imaginar isso, e é uma alegoria comumente usada e portanto bem familiar. Contudo‚ saímos da trincheira, vocês estäo olhando o Inimigo nos olhos e näo tem volta. Têm que ir em frente, dar tudo de si, com toda a sua forèa, determinaèäo e vontade, ou väo perder. Näo hâ meio–termo. Näo dâ para entrar num acordo.

10. Oro por vocês, Minhas noivas. Rogo ao Meu Pai por vocês. Eu Me compadeèo de vocês e conheèo a sua fraca estrutura física e suas mentes cansadas. Entendo que näo queiram travar esta guerra e estar nas linhas de frente por se sentirem cansados demais. Sinto muito. Eu Me compadeèo de vocês.

11. Mas quero que saibam, Meus amores, que através do poder das chaves, da arma do louvor agressivo, da oraèäo importuna determinada‚ da fé infalível, dos conselhos com mente aberta e da busca de soluèöes, vocês sairäo vitoriosos! Näo é algo que jâ estâ embutido em vocês. Vocês näo têm condièöes de fazê-lo, entäo näo fiquem alarmados quando sentirem: “Ah, meu Deus, näo consigo. Näo tenho condièöes!” Claro que näo têm, nunca têm! Vocês säo os Meus vasos‚ e quanto mais fracos e vazios se sentirem‚ melhor.

12. Entäo agora vamos arregaèar as mangas! Vamos meter bronca com entusiasmo‚ sabendo que teräo uma boa recompensa pela sua labuta. (Fim do trecho de profecia.)

13. (Peter:) Nosso maravilhoso Marido realmente nos recompensou bem à medida que seguimos Sua orientaèäo de pensarmos “fora dos moldes”‚ deixarmos o passado para trâs e buscarmos os Seus planos para a Família do futuro. Como sabem, nossa Família é um movimento do Espírito do Senhor, é algo vivo‚ mutante, em revoluèäo e progresso constantes, e Sua previsäo para o planejamento das reuniöes de Cúpula/CI foi o Seu prôximo passo para nos ajudar a entender a nova Família que Ele estâ formando a partir da antiga. Ele tem nos orientado a efetuar algumas mudanèas radicais que, acreditamos, muitos de vocês aceitaräo de bom grado e que na verdade acreditamos que muitos de vocês väo achar emocionantes e empolgantes, assim como nôs!

Mais explicaèöes do que

estâ por vir

14. Vai nos levar alguns meses para explicarmos todas essas mudanèas por escrito de uma maneira bem abrangente e completa, mas Mamäe e eu queríamos compartilhar com vocês as notícias da Cúpula, para que saibam que hâ muita coisa em andamento! O Senhor continua nos impulsionando para a frente, aproveitando o momentum e a revoluèäo causadas pelas BNs para o Brasil no coraèäo de cada um de nôs, e nos guiando para a prôxima etapa de crescimento e preparaèäo para desempenharmos nosso papel no futuro.

15. Sabemos que muitos de vocês reagiram positivamente aos conselhos e desafios que o Senhor deu nas BNs para o Brasil, aceitando a correèäo, as lièöes, se sentindo sob convicèäo e buscando seriamente o Senhor sobre como poderiam aplicar tudo isso à sua vida. Mamäe e eu queremos parabenizar e agradecer a quem fez isso‚ porque temos certeza que tem um custo e exige sacrifícios e renúncias. Mas espero que se animem ao saber que se foi isso o que fizeram e o que continuam a fazer com cada nova remessa de Vinho Novo que o Senhor envia, väo estar numa boa posièäo em poucos meses, quando poderemos lhes explicar na íntegra as mudanèas que o Senhor tem reservadas para a Família. Näo ficaräo muito surpresos e estaräo prontos para recebê-las e preparados no espírito.

16. O Senhor estâ nos guiando a uma reestruturaèäo da Família, o que promete frutos maravilhosos, crescimento e progresso duradouro. Mudanèas assim näo säo fâceis nem râpidas, mas acreditamos que o Senhor nos deu um bom plano e um forte alicerce através de oraèäo, conselhos, ao invocarmos as chaves, trabalharmos em equipe com os nossos ajudantes espirituais e ouvirmos o nosso Marido em profecia.

17. Nesta BN‚ Mamäe e eu queremos resumir para vocês alguns pontos que seräo do seu interesse e importantes que entendam neste momento. Gostaríamos de poder lhes explicar tudo de uma vez sô, tintim por tintim, para entenderem claramente que rumo estamos tomando e a visäo do Senhor para o futuro, mas näo é possível, porque o plano total que o Senhor nos deu é complexo. Vamos abordâ-lo passo a passo, e se seguirmos de perto e fizermos o melhor que podemos para trilhar o caminho dado pelo nosso Amante, Ele nos encaminharâ a um futuro frutífero, feliz e produtivo.

Uma reestruturaèäo no horizonte

18. O Senhor continuou nos guiando a mais dedicaèäo e compromisso com o discipulado. Esta tem sido a direèäo de muita coisa publicada na Palavra nos últimos anos — sem mencionar, é claro, as mudanèas radicais que Ele nos levou a implementar no Brasil. Sendo assim, duvido que muitos de vocês ficaräo surpresos ao saber que a Família vai continuar seguindo no sentido de fortalecer o seu padräo de discipulado e exemplo, pois coaduna com a direèäo em que o Senhor vem guiando jâ hâ um bom tempo.

19. Antes da Cúpula, Mamäe, eu e nossos conselheiros passamos muitos dias em oraèäo, discutindo e analisando o estado da Família para vermos quanto progresso temos feito no desafio que nos foi apresentado de limparmos as nossas fileiras das transigências que tanto enfraqueceram o nosso exemplo, convicèöes pessoais e produtividade. Embora tenhamos feito progressos desde que a série “Convicèäo versus concessäo e transigência” foi publicada, o Senhor deixou bem claro que precisamos retirar mais da Família algumas transigências de grande porte que ainda afligem as nossas fileiras. Näo planejamos tirar a classificaèäo CM e FM de todos por um período de tempo‚ como fizemos no Brasil, mas estamos trabalhando numa reestruturaèäo para 2004 que ajudarâ a fortalecer o exemplo da Família no geral e restaurar a integridade de cada círculo de membros.

20. Quando buscamos o Senhor sobre o estado da Família, Ele nos mostrou que uma atitude sutil penetrou no nosso modo de pensar e prejudicou a nossa obediência total ao Vinho Novo. Mamäe e eu entendemos que isso näo foi intencional da parte de ninguém, mas o fato de aceitarmos o “mínimo” estipulado pela Carta causou uma queda geral no nível de obediência à Palavra, resultando em outros pecados e fraquezas tais como espírito independente, egoísmo, mundanismo, resistência a conselhos ou pastoreamento, etc. Disseminou-se muito a atitude de que a lideranèa da Família‚ quer os COs, quer VSs ou os pastores de Lar‚ näo têm o direito de interferir na vida das pessoas, e isso, junto com o fato de a lideranèa ter sido relutante em disciplinar e oferecer o pastoreamento necessârio, fez o padräo na maioria dos campos cair bem abaixo do que o Senhor queria. As coisas chegaram a um ponto em que um "mínimo" muito baixo de obediência se tornou a norma, e, portanto, näo se interpreta a Carta Magna nem se aplica o Vinho Novo devidamente. Precisamos retificar isso.

21. Os primeiros passos para remediar essa mentalidade errada säo ver como a Família chegou a este estado e entender a relaèäo entre a Carta Magna e o Vinho Novo. Isto é algo que expliquei à Família no Brasil na segunda série de vídeos que fiz, quando abordei o processo de reintegraèäo deles. Mas näo foi sô a Família no Brasil que ficou com essas idéias errõneas quanto à implementaèäo da Carta Magna e como o Vinho Novo se harmoniza com ela. Isto é uma tendência no mundo inteiro, e é um problema.

22. Quero incluir aqui trechos de uma palestra que dei na Cúpula. É um pouco longa‚ mas é importante para que entendam os conceitos aqui apresentados de modo a saberem claramente o que é esperado de vocês e de todos nôs.

Peter fala aos COs e participantes da Cúpula

(Obs.: Na ocasiäo desta palestra, foram também distribuídas vârias pâginas de profecias confirmatôrias aos participantes. Mas como queremos enviar-lhes esta BN o quanto antes, näo estaremos publicando essas profecias no momento. Contudo, disponibilizaremos muitas delas nas futuras BNs contendo o resto da explicaèäo. Entendam‚ porém, que os pontos abordados nesta palestra foram confirmados vârias vezes com o Senhor em profecia, através de vârios canais.)

Estamos num momento decisivo na
histôria da Família. Temos vârios e sérios problemas que, se näo forem resolvidos, väo nos tornar inúteis para o Senhor e nos transformar em apenas mais uma igreja morna. Durante o tempo que vamos estar juntos temos que dar prioridade a resolvermos esses problemas, näo importa quanto do nosso tempo, esforèos e energia seja preciso. Temos que dar ênfase imediata e dedicarmos toda a nossa atenèäo a encontrarmos as soluèöes‚ porque se näo retificarmos tais problemas com a sabedoria do Senhor e a revelaèäo e discernimento dados pelas chaves, todas as nossas outras reuniöes de comitês e de treinamento de lideranèa seräo irrelevantes. Estamos lutando pela sobrevivência da Família.

24. Näo é novidade para vocês que a Família tem problemas sérios, e que apesar de tudo o que o Senhor, Mamäe e eu, e vocês jâ fizemos para tentar remediâ-los, as mudanèas foram muito poucas e quase tardias demais. Estamos num estado de emergência, e temos que concentrar todo o nosso enfoque e tempo em buscarmos o Senhor‚ nos aconselharmos e encontrarmos as soluèöes que sabemos que o nosso Marido quer nos dar.

25. Vocês têm acompanhado a situaèäo no Brasil, que o Senhor disse que seria uma espécie de tubo de ensaio para o resto do mundo. O Senhor tem dado passos nada convencionais para resolver os problemas espirituais no Brasil, e deu bom fruto. Nestes nove meses em que temos nos envolvido em tentar elevar drasticamente o nível de dedicaèäo e discipulado da Família no Brasil, ficou mais do que claro que o Brasil é um microcosmo da Família no mundo inteiro — que os problemas no Brasil säo basicamente os mesmos problemas na Família em geral. A Família no Brasil näo é a única com esses pecados. O Brasil é o “irmäo mais velho”, por assim dizer, que levou a surra primeiro. O processo de administrarmos essa surra deu à Mamäe, a mim e aos nossos conselheiros visäo e direcionamento que se aplicam à Família no mundo inteiro. Muito do que falaremos nestes prôximos dias tem como base o que o Senhor fez para comeèar o processo de mudanèas e vitôria com a Sua “cobaia”, o Brasil.

26. Precisamos efetuar grandes mudanèas para a Família no mundo inteiro sobreviver, e é nossa responsabilidade‚ como líderes da Família, descobrirmos que mudanèas säo essas, aplicâ-las, e nos assegurarmos de que säo efetivadas. Temos que dar uma boa olhada nos problemas e fazer o que for preciso para descobrir e implementar as soluèöes dadas pelo Senhor. Precisamos de todo o poder das chaves possível e do poder das naves das chaves. Precisamos dos nossos ajudantes espirituais, que multiplicaräo nossos esforèos, e da nossa arma do louvor para destruirmos o Diabo. Precisamos de milagres, soluèöes‚ respostas e maneiras prâticas para aplicarmos os princípios espirituais. Precisamos de mentes abertas e de visäo nova, para que possamos pensar “fora dos moldes” e esquecermos o passado. Precisamos estar submissos e famintos pela verdade.

27. (Oraèäo:) Querido Marido, obrigado por estarmos nessa posièäo — nesta posièäo de grande dependência de Você — de precisarmos tanto de Sua ajuda‚ respostas e orientaèäo sobrenaturais nesta situaèäo de emergência que estamos enfrentando.

28. Invocamos o poder das chaves de submissäo e desespero. Você disse: “Invoque as chaves de desespero, para que Eu possa criar em suas mentes e espíritos um profundo vâcuo espiritual, fome e receptividade a Mim, ao Meu Espírito e às Minhas respostas.” Clamamos essa chave de desespero, Jesus, para cada um de nôs. Renove em cada um de nôs um espírito reto, e crie em nôs um coraèäo puro perante Você. Sabemos que Você adora um vâcuo; na verdade‚ é quando estamos assim desesperados que Você pode trabalhar, ter mais liberdade de aèäo e operar em nôs de maneiras sobrenaturais — além da nossa capacidade e estrutura humana. Entäo clamamos e acessamos as chaves de fome espiritual, de receptividade e de um vâcuo espiritual profundo, para que possamos ser preenchidos com Você, desejar apenas a Sua mente e respostas, e estarmos dispostos a fazer o que for preciso nesta situaèäo, mesmo que signifique grandes mudanèas.

29. Pedimos as Suas chaves de enfoque e concentraèäo, para que nenhuma distraèäo de maneira alguma — quer espiritual, quer física — possa atacar as nossas mentes, espíritos, corpos ou saúde durante este período. Invocamos as chaves de fortalecimento espiritual, para que nossos muros espirituais sejam fortificados durante este período e nossa seguranèa espiritual fique impenetrâvel aos ataques do Inimigo ou de qualquer um de seus demõnios. Obrigado pelo grande exército celeste que nos cerca e todos os nossos espíritos ajudantes. Oramos para que o nosso trabalho em equipe com eles seja poderosamente intensificado pelo poder das chaves‚ para que possamos dar testemunho dos grandes e poderosos milagres, soluèöes, respostas e aplicaèöes prâticas e completas das Suas instruèöes e orientaèöes.

30. Precisamos desesperadamente do Seu poder das chaves de todas as formas para cada faceta e momento deste período de aconselhamento e oraèäo juntos. Mas, antes de mais nada, e antes mesmo de comeèarmos, invocamos especificamente as chaves de discipulado. Tudo se resume a isto e esse é o tema destas reuniöes: lutar pela sobrevivência da Família. Estamos todos lutando para voltarmos a ser discípulosverdadeiros seguidores de Jesus. Por isso, antes de mais nada, nôs mesmos precisamos acessar e nos valer das chaves de discipulado‚ para que sô queiramos ser verdadeiros discípulos, seguidores Seus näo importa o custo nem as conseqüências.

31. Ajude-nos, querido Marido, a invocarmos essa chave de discipulado e a nos agarrarmos a ela com todas as nossas forèas e poder, valorizando-a e desejando apenas Você‚ e sô o que Você quer que faèamos e o que Você sabe ser necessârio. Deixamos tudo o mais — nossas prôprias idéias, maneiras de pensar e antigos modos de agir, aos Seus pés. Nôs Lhe entregamos tudo, e abrimo-nos à Sua mente, saindo dos moldes do nosso pensamento, como verdadeiros discípulos deveriam fazer. Dê–nos o desejo e a fome de seguir apenas Você e aonde Você nos guia, nunca querendo nos desencaminhar do caminho estreito e apertado do discipulado. Clamamos a maravilhosa promessa das chaves: “Invoque as chaves de discipulado para que Eu possa despertar mais uma vez em você o coraèäo e o espírito de um verdadeiro discípulo revolucionârio, alguém disposto a mudar, a seguir aonde quer que Eu guie, näo importa o custo”. Amém.

nMuitas vitôrias, mas problemas sérios continuam

32. Teremos que falar bastante de problemas, mas isso näo quer dizer que näo tenhamos progredido nos últimos anos. A Família cresceu em vârios aspectos. Tivemos um longo período de relativa paz, sem perseguièäo. A ida de Papai para o Céu, o aumento no uso da profecia, a revelaèäo "Amar Jesus", e as novas armas das chaves, louvor, uniäo, a Carta Magna de Amor, mais pioneiramento e testificaèäo, vârios estudos de acadêmicos e ensaios publicados em livros sobre a Família, reconciliaèäo com ex-membros, os muros entre a Família CM/FM derrubados, o programa Contato e a estrutura dos comitês säo pontos altos dos últimos oito anos, e cada um nos trouxe lièöes, vitôrias e progresso.

33. Embora tenhamos feito progressos em vârios aspectos‚ especialmente com relaèäo à testificaèäo e ao lado prâtico da administraèäo da Família, ocorreram sérios problemas espirituais que o Senhor tem tentado nos ajudar a superar nos últimos anos, a saber:

Concessöes e enfraquecimento do nosso padräo de discipulado em vârios sentidos, tais como:

 

•Falta de ênfase à Palavra e em vivê-la; desobediência à Palavra; familiaridade com a Palavra; leitura da Palavra apenas para informaèäo.

 •Perda de temor ao Senhor; falta de sentir–se responsâvel por prestar contas pelos seus atos ou de reconhecer que o pecado e a desobediência geram prejuízos e juízo.

 •Näo viver à altura dos deveres da Carta Magna; fazer o mínimo em vez de o mâximo.

 •Roubar a Deus por näo dizimar tudo; reter as ofertas e os donativos.

 •Fazer mau uso e abusar da Lei de Amor, que tem magoado e feito muitos tropeèar, e levado outros a näo acreditarem na Lei de Amor como o Senhor a revelou a Papai.

 •Mais pessoas trabalhando fora e como resultado muitos näo passam tempo suficiente testemunhando, dependendo mais do Sistema para dinheiro e enfraquecimento da fé na providência divina.

 •Näo viver em comunidade; muitas famílias ou vivem sozinhas ou com seus adolescentes para poderem cumprir o requisito de um mínimo de quatro membros votantes.

 •Crianèas freqüentando escolas no Sistema e näo sendo alimentadas ou fortalecidas espiritualmente de maneira apropriada.

 •Absorèäo de influências do Sistema e mundanismo através de músicas do mundo, Internet, romances, jogos de computador‚ filmes e convívio com incrédulos, algo que enfraqueceu seriamente muitos membros.

 •Pais delinqüentes e negligentes em investir num treinamento infantil dentro dos parãmetros divinos, de modo que as nossas crianèas näo säo os modelos que deveriam ser nem estäo adquirindo um forte alicerce de fé nem desenvolvendo um relacionamento com o Senhor.

 •Dar rédea solta aos JETTs e adolescentes e permitir que sejam maus exemplos.

 •Falha em pastorearem-se uns aos outros‚ e as pessoas näo aceitarem pastoreamento umas das outras.

 •Näo viver segundo Atos 2:44,45; näo cuidarem dos fracos ou certificarem-se de que todos tenham o suficiente.

 •Uso excessivo de métodos de angariaèäo de fundos que incluem pouca ou nenhuma testificaèäo enquanto se negligencia a testificaèäo a fundo, o prosseguimento consistente e o programa Contato.

 •Aguar nossa mensagem; näo pregar a carne da Palavra; abraèar idéias e métodos igrejeiros; näo querer estar ligado ao nome da Família.

 •Näo ministrar aos ricos e educados; ênfase excessiva a projetos sociais.

 •Falta de convicèäo.

 •Desuniäo e divisäo, permitindo a entrada dos Selvegion.

 •Näo combater sérios pecados espirituais tais como orgulho, autojustièa, espírito crítico‚ letargia, rancor e ressentimento.

 •Fofoca generalizada, que tem magoado os outros profundamente e gerado divisäo.

 •Espírito independente e egoísmo.

34. O fato de o Senhor ter falado especificamente sobre esses problemas em vârias BNs nos últimos anos, e ainda assim esses pecados e fraquezas continuarem afligindo a Família no mundo todo, é causa de grande preocupaèäo. O Senhor tem nos admoestado vezes sem conta sobre a necessidade de resolvermos esses problemas e de mais uma vez voltarmos ao nível de discipulado que Ele quer para a Família. Ele chegou a dizer que a Família vai deixar de existir se näo superar os problemas espirituais que estäo nos enfraquecendo seriamente.

35. Em julho de 1999, na série da Sacudida 2000, o Senhor deixou claro que se a Família näo vivesse de acordo com o padräo que Ele requer‚ näo teríamos condièöes de continuar sendo a Sua Igreja do Tempo do Fim. Em suma, Ele disse:

36. Agora que voc ê e os seus filhos se aproximam do Fim, devem retornar ao início, à novidade de vida, à liberdade de espírito, ao rompimento total com o mundo, como aconteceu no comeèo. É preciso uma purificaèäo, porque os filhos de David devem permanecer livres do Sistema e das influências do mundo que, se näo forem limitadas‚ mas continuarem como agora, destruiräo a Família.

37. Näo estou exagerando. Näo digo isto sô para chamar a sua atenèäo ou a atenèäo da Família; digo porque é uma advertência muitíssimo necessâria.

38. Nada é garantido. O seu lugar como Meu exército de vanguarda do Tempo do Fim näo é garantido e essa situaèäo pode ser alterada. Até mesmo essa promessa é condicional, e depende da sua obediência e fé.

39. O futuro da Família estâ em jogo. A existência da Família, da Minha igreja e noiva revolucionâria e caída fora que renuncia a tudo para Me seguir e para ganhar outros para Mim, corre perigo. ("A Sacudida 2000," CdM 3257:48, 49, 51, 54, BN 857).

40. Este assunto também foi abordado na série “Convicèäo vs. Concessäo e Transigência”, quando Mamäe disse:

41. A posièäo da Família no Tempo do Fim näo estâ garantida. Näo pensem que podemos fazer o que bem entendermos e que vamos ganhar de mäo beijada tudo o que nos foi prometido. Precisamos continuar obedientes para sermos dignos da vocaèäo. Precisamos estar no temor do Senhor, sendo praticantes da Palavra, näo apenas ouvintes. (“CvsCT, 1ª Parte,” CdM 3361:32, BN 957).

42. Se o Senhor näo livrar a Família das transigências que se apoderaram dela‚ vamos acabar nos transformando em mais uma igreja. Em outras palavras, perderíamos a nossa vocaèäo especial. ("CvsCT, 1ª Parte," CdM 3361:78‚ BN 957).

43. As concessöes, em essência‚ ameaèam tornar a Família igual a todos. O Diabo entra através delas com o objetivo de nos tornar iguais a todo o mundo, de fazer a Família deixar de ser ímpar e passar a aguar a mensagem especial que o Senhor nos deu, diminuindo assim a atraèäo que os perdidos sentem por nôs ou até mesmo causando a nossa desintegraèäo.

44. Ficar abrindo concessöes pouco a pouco vai eliminar todas as “diferenèas”, e tornar a Família igualzinha a todo o mundo. As conseqüências disto seräo a morte da Revoluèäo e o fim da Família que conhecemos. ("CvsCT, Part 3," CdM 3363:3,6, BN 959).

45. Talvez muitos de nôs tenhamos ficado um pouco familiares demais com essas advertências, mas temos que entender que o Senhor estâ falando sério quando diz que se errarmos o alvo e näo transformarmos a Família, veremos o fim dela.

46. Quando estâvamos no Brasil em julho e agosto deste ano, nos concentramos em ver como poderíamos avaliar os membros da Família no Brasil assim que o castigo acabasse. Buscamos desesperadamente o Senhor sobre a nossa atitude em relaèäo ao futuro julgamento e processo de reintegraèäo. Precisâvamos ter a mente do Senhor sobre o assunto para näo sermos nem rígidos nem lenientes demais. Quando pedimos ao Senhor para esclarecer a maneira como Ele via as coisas, Ele disse:

47. Vocês ouviram as Minhas advertências, comeèando com “A Sacudida” e depois com as mensagens em "Convicèäo vs. Concessäo" sobre como näo hesitarei em levantar outro exército do Tempo do Fim se os filhos de David näo se purificarem e se limparem das transigências e da maneira mundana de agir. Näo sejam como os que se acostumaram tanto com as Minhas advertências que elas perderam o seu efeito. Saibam que isto é verdadeiro, e o futuro da Família sem dúvida estâ nas suas mäos. Se transigirem e forem lenientes, falharäo, e requererei o sangue de muitos de suas mäos.

48. Esta é uma mensagem séria que transcende a situaèäo no Brasil, visto que os problemas da Família lâ säo basicamente os mesmos da Família no mundo inteiro. Nôs nos deparamos com muitos "Brasis" ao redor do mundo.

nA transigência mata

49. O Senhor usou a Palavra “transigência” duas vezes nessa curta profecia, primeiro quando diz: “näo hesitarei em levantar outro exército do Tempo do Fim se os filhos de David näo se purificarem e se limparem das transigências e das maneiras mundanas de agir.” O Senhor identifica a transigência como um dos problemas que a Família tem e do qual deve ser purificada e limpa. Ele entäo diz que nôs, a lideranèa, näo podemos transigir nem ser lenientes, porque se fizermos isso, falharemos e seremos culpados.

50. Nestes últimos nove meses orando, ouvindo o Senhor e estudando a situaèäo no Brasil, veio à tona repetidas vezes a questäo das vârias transigências que afligem a Família no mundo inteiro. Embora a Família tenha uma quantidade imensa de problemas, o mais sério é a transigência‚ porque a transigência é o solo onde a maioria dos outros problemas é alimentada e cresce. A transigência em suas vârias manifestaèöes causou um grande enfraquecimento espiritual que estâ ameaèando a existência da Família.

nComo chegamos a este estado

51. Para conseguirmos entender os problemas da transigência que permearam a Família e encontrarmos uma maneira de livrar a Família desse assassino, temos que primeiro entender como chegamos a essa condièäo. Para podermos entender o estado da Família hoje, algo que ajuda é darmos uma olhada na nossa histôria desde que a Carta Magna entrou em vigor.

nRevisäo dos anos antes da Carta Magna

52. A Carta Magna foi redigida em 1994 e entrou em vigor em abril de 1995. Para podermos entender por que certas clâusulas foram incluídas na Carta Magna e com que intenèäo, é bom nos lembrarmos que antes dela a Família era muito diferente do que é hoje. Os Lares eram bem maiores e controlados pelos pastores de Lar, que muitas vezes eram nomeados pelos NASs e CROs. Os membros do Lar näo participavam o suficiente nas decisöes. A lideranèa mais alta (primeiramente os NASs) tinha autoridade demais sobre os Lares, sobre as equipes de pastores dos Lares e os membros dos Lares, entäo muitas decisöes que afetavam os Lares e indivíduos eram tomadas por pessoas que nem viviam nesses Lares, e às vezes nem conheciam a situaèäo direito. Em alguns Lares a disciplina era rígida. Muitos pais tinham abandonado a responsabilidade de treinar e cuidar de seus filhos, entregando-a a professores e a outras pessoas que ficavam com as crianèas. Os membros da Família näo tinham liberdade de movimento suficiente, o que atrapalhava o trabalho de pioneirar, de abrir novos Lares ou de mudarem de Lar quando quisessem. Muita ênfase era dada à vida no Lar e à manutenèäo de grandes combos, tanto que resultou na falta de testificaèäo e de distribuièäo da mensagem.

53. As regras gerais da Família näo estavam claramente estipuladas, de modo que a lideranèa local muitas vezes determinava quais regras deviam ser enfatizadas e quais deviam ser ignoradas. Näo havia uma disciplina uniforme no caso de violaèäo de regras no mundo todo, entäo näo havia um padräo claro de comportamento ou um determinado padräo de disciplina para as infraèöes. Muito ficava por conta da lideranèa local decidir, e muitas decisöes eram subjetivas e às vezes arbitrârias. Havia pouquíssima liberdade individual, os direitos dos indivíduos e Lares näo eram claros e tampouco se conhecia o limite da autoridade da lideranèa. Näo havia procedimentos definidos de disciplina.

54. A Família estava num ponto em que havia uma necessidade de uma mudanèa de maior porte, que ocorreu através da Carta Magna. Ela introduziu vârios direitos e responsabilidades, dando uma relaèäo das nossas regras fundamentais. Definiu os deveres e a autoridade da lideranèa em cada nível. Nôs incluímos na Carta os “direitos” para proteger os membros e os Lares de líderes opressores, e para definir as vârias liberdades que nossos membros näo tinham antes, tais como o “Direito de Transferência”. A seèäo de “deveres” define as responsabilidades a serem cumpridas pelos membros da Carta, o que eles devem fazer para terem o direito de continuar sendo membros da Carta. As regras, os regulamentos, a disciplina e a autoridade foram sistematizados.

55. A Carta Magna solucionou vârios problemas da época. As pessoas deixaram Lares grandes onde havia muita burocracia e foram pioneirar novos Lares e novos campos de missäo, dispersando-se para abrir novas frentes de trabalho e seguindo sua prôpria fé. Os pais assumiram a responsabilidade pelo treinamento e cuidado de seus filhos, em vez de colocâ-los em grandes grupos de crianèas. Os membros da Família aprenderam a depender menos da lideranèa para as suas decisöes diârias e a assumirem mais responsabilidade pelas suas decisöes e aèöes. Deu-se mais ênfase à profecia. O Senhor Se tornou o pastor pessoal dos membros, e as pessoas amadureceram em muitos aspectos.

nFalta de pastoreamento

56. A Carta Magna trouxe consigo liberdades que näo existiam antes, e embora elas tenham tido muitos efeitos positivos‚ também houve efeitos negativos. Aprender a näo depender tanto da orientaèäo da lideranèa foi um efeito positivo. Contudo, para alguns, essa independência os levou a recusar terminantemente a opiniäo de outros e pastoreamento, que foi um efeito negativo.

57. Devido ao rigor de alguns líderes da época pré-Carta, a Carta Magna estabeleceu alguns limites para a lideranèa, especialmente na questäo de disciplina de membros fora do padräo. O intuito era assegurar que a lideranèa näo julgasse com arbitrariedade, mas sim baseasse seus julgamentos e castigos na Carta Magna, na esperanèa de assim se eliminar a atmosfera demasiadamente restritiva de antes. A Carta Magna também procurou assegurar um padräo de disciplina uniforme em toda a Família.

58. Embora tenham sido demarcados limites para a lideranèa e procedimentos a serem seguidos para disciplinar membros fora do padräo‚ ainda assim muita autoridade e responsabilidade foi delegada à lideranèa. Os líderes ainda podiam disciplinar, e na verdade foi-lhes dada a responsabilidade de disciplinarem‚ tendo como salvaguarda o fato de que a disciplina deveria ser aplicada dentro do estipulado na Carta Magna.

59. Ao mesmo tempo, porém, as BNs estavam promovendo uma abordagem mais amorosa e compreensiva por parte da lideranèa. Apesar das BNs näo dizerem que a lideranèa deveria parar de disciplinar os membros errados, enfatizavam o amor, a paciência e a compreensäo por parte dos líderes, principalmente para tentar evitar a lideranèa mais mäo-pesada que existia antes da Carta.

60. Esta combinaèäo de conceder mais direitos específicos que aumentaram em muito a liberdade do indivíduo e reduziram a autoridade ou “controle” por parte da lideranèa, causou grandes mudanèas na Família. Muitas delas foram positivas, no sentido de que os membros podiam entäo se mover livremente; podiam sair do Lar onde tinham sido colocados; podiam pioneirar novos Lares em novas âreas, e podiam exercitar sua fé e tomar decisöes que até entäo ficavam por conta da lideranèa antes da época da Carta.

61. Por outro lado, desenvolveu–se um efeito negativo, que foi a tendência de as pessoas assumirem liberdades que näo se tencionava que ocorressem, e reivindicarem essas liberdades como "direitos" incluídos na Carta Magna. Muitas vezes esses supostos “direitos” eram simplesmente interpretaèöes pessoais da Carta Magna, e näo direitos propriamente ditos. A lideranèa, especialmente em nível de Lar, mas também em níveis mais altos, tendeu a ser tímida em relaèäo ao pastoreamento dos outros‚ com receio de ser dura ou de infringir a Carta Magna, esquivando-se assim de disciplinar os membros fora do padräo.

62. Além disso, alguns procedimentos disciplinares na Carta Magna tendiam fortemente a proteger os indivíduos, para garantir que a lideranèa näo tomasse decisöes arbitrârias, mas julgasse com equidade. Isso aconteceu principalmente no nível dos VSs, que em muitos casos tinha que visitar e conversar com todos nos Lar antes de julgar e aplicar uma disciplina, tal como Suspensäo Condicional. Com o tempo tornou-se aparente que tais procedimentos intricados dificultavam as coisas, eram custosos e consumiam muito tempo e às vezes impossibilitavam — principalmente aos VSs — que se investigasse os problemas e se administrasse a disciplina apropriada. E como os VSs eram muito poucos e o tempo e o dinheiro eram curtos para eles poderem investigar as situaèöes que exigiam disciplina, isso atrapalhou a efetivaèäo do padräo da Carta Magna.

63. Com o tempo, um padräo se desenvolveu em que a lideranèa em cada nível (de Lar, VSs e COs) ficou cada vez mais relutante em pastorear a vida espiritual das pessoas. A liberdade concedida pela Carta Magna com o intuito de ajudar os discípulos a romperem os limites e restrièöes de modo a servirem o Senhor como Ele os guiasse, comeèou a gerar um tipo de independência diferente, em que os indivíduos comeèaram a achar que ninguém‚ muito menos a lideranèa, devia se envolver em sua vida. Esta atitude também surgiu entre os prôprios líderes, que ficaram sem saber o quanto podiam pastorear as pessoas.

64. Como os pastores queriam ser amorosos, compreensivos, gentis e justos, o medo de disciplinar ou a relutãncia em fazê-lo se espalhou‚ criando uma atitude de tolerãncia demais, principalmente em relaèäo à disciplina de pecados espirituais, como também de transferir para outro nível pessoas que näo viviam à altura do padräo CM. A tolerãncia tornou-se a atitude prevalente em todos os níveis de lideranèa, e em muitos casos foi além e se tornou negligência e permissäo para as pessoas fazerem o que bem lhes convinha.

65. Esses fatores — a independência negativa das pessoas‚ o fato de acharem que a lideranèa deveria se envolver pouco ou nada na vida delas e‚ portanto‚ receberem pouco ou nenhum pastoreamento espiritual, junto com o fato da lideranèa relutar em pastorear e disciplinar espiritualmente, pesaram muito na questäo de baixar o padräo de discipulado na Família inteira.

66. Ao longo dos anos, esses e outros fatores criaram um ambiente em que foi permitido que vârios membros que näo estavam vivendo integralmente o padräo da Carta Magna permanecessem na Família CM. Embora tenha havido duas tentativas com êxito parcial (Sacudida 2000 e CvsCT) de retirar pessoas que näo acompanhavam a Carta — e portanto näo eram discípulas — da Família CM, alguns desses conceitos em relaèäo a direitos, liberdades, pastoreamento‚ lideranèa e um nível de discipulado baixo e cheio de transigências ainda existem e däo continuidade à transigência no discipulado.

nMâ interpretaèäo da Carta Magna

67. Outro fator na equaèäo foi que, quando a Carta Magna entrou em vigor, foi introduzido o princípio de que se algo näo estivesse especificado na Carta Magna, näo tinha que ser feito. Ocorreu principalmente em relaèäo às regras da Família‚ e na época foi importante esclarecer que as centenas de regras passadas, tanto as escritas como as näo registradas, näo eram mais vâlidas, apenas as abordadas na Carta Magna e nas Regras Fundamentais da Família. Foi explicado que, caso surgissem novas regras ou uma nova crenèa fundamental da Família‚ seriam declaradas claramente nas BNs e teriam que ser seguidas.

68. Embora na época em que a Carta Magna foi escrita houvesse uma razäo vâlida para apresentarmos este princípio, logo ficou claro que as pessoas interpretaram isso, achando que näo tinham que aplicar o Vinho Novo, porque näo estava especificado na Carta Magna que a nova BN tal e tal tinha que ser aplicada. E deu margem a muitos se justificarem por näo seguirem as orientaèöes específicas dadas nas BNs.

69. Este problema foi identificado e a Carta Magna foi emendada em 1998 e reza: "O membro da Carta deve viver de acordo com a Palavra, esforèando-se para aplicar à sua vida o conselho prâtico e espiritual dado nas Cartas" (Ver NUH 275.) A intenèäo desta emenda era encorajar os membros a aplicarem a Palavra à sua vida e dar à lideranèa autoridade para disciplinar nos casos em que membros escolhiam näo seguir as orientaèöes dadas nas BNs.

70. Apesar desta emenda, a mentalidade anterior tinha se enraizado, e a atitude de que “se näo estiver especificado näo temos que fazer, entäo näo vamos fazer”‚ continuou a ser a justificativa para näo se obedecer nem seguir a Palavra. Ocorreu principalmente com aqueles que näo queriam seguir as orientaèöes do Senhor nas BNs ou que estavam a ponto de sair da Família. Foi também o caso de muitos de nossos jovens que atingiam a maturidade.

71. Essa falta de obediência ao Vinho Novo e o fato de se usar a Carta Magna contra as BNs tornou-se um grave problema, pois minimizou a autoridade das Cartas e o papel que o Senhor esperava que elas tivessem na orientaèäo da Família. O que muitos näo entenderam é que a Carta Magna näo existe para suplantar, tolher ou usurpar a Palavra, mas sim refleti-la. Os “Deveres de Cada Membro” foram escritos para acompanhar a Palavra e para articularem a vida de discipulado, e foram‚ na sua maioria, abrangentes o bastante para cumprirem justamente isso na época, de modo a continuarem a cumprir esse papel no futuro, mesmo que o Senhor desse novas orientaèöes.

72. Isso significa que, ao lermos uma BN definindo a vontade de Deus em relaèäo a um assunto, em vez de vermos a coisa sob o prisma de: “A Carta Magna näo diz especificamente que temos que fazer isto”‚ devíamos pensar: "O Senhor disse que precisamos fazer isso, entäo deixe-me ver em que Dever de Cada Membro ou Dever do Lar da Carta isto se encaixa". Praticamente tudo nas BNs pode ser aplicado a uma dessas clâusulas, entäo, quando lerem a Carta Magna, deveriam interpretâ-la sob o ãngulo do que o Senhor estâ nos dizendo hoje nas BNs.

73. Por exemplo, a Carta Magna reza que um membro deve “evangelizar”. Contudo‚ a definièäo de “evangelizar” deve ser interpretada segundo o que a Palavra nos diz hoje. Quando a Carta foi escrita näo existia o programa Contato, nem a ênfase no prosseguimento e em se alimentar as ovelhas. De modo que "evangelizar" significava algo totalmente diferente oito anos atrâs. Hoje, porém, depois de 30 BNs dando conselhos pormenorizados sobre a Contato, estâ muito claro que o Senhor quer que a Família participe do programa Contato e de prosseguimento. Serâ que podemos dizer: “Näo tenho que fazer Contato porque a Carta Magna näo diz isso?” Näo. Quando interpretamos o significado de “evangelizar” hoje, temos que fazê-lo tendo em consideraèäo o vinho novo. O que isso significa hoje? Significa fazer Contato. Em outras palavras‚ se um Lar näo estâ participando do programa Contato ou fazendo prosseguimento ou alimentando suas ovelhas, estâ infringindo a Carta Magna.

74. Embora esse princípio de interpretarmos a Carta Magna com base na Palavra fosse conhecido em teoria pela lideranèa, näo tem sido suficientemente implementado. Portanto, muitos membros acharam que sua interpretaèäo errada da Carta Magna era certa, porque ninguém lhes disse o contrârio. O fato de näo se interpretar a Carta com base nas orientaèöes mais recentes do Senhor nas BNs tem contribuído para enfraquecer o poder da Palavra na vida de muitos.

75. Os problemas da Família provêm de näo se levar a Palavra a sério o bastante e näo se sentir obrigado a aplicâ-la em suas vidas, o que leva a um estado de transigência. Por a lideranèa do Lar e nos níveis mais altos näo ter corrigido ou disciplinado suficientemente a desobediência à Palavra ou a aplicaèäo dela, as pessoas concluíram que era aceitâvel desobedecerem e näo colocarem a Palavra em prâtica.

nNäo disciplinar desobediência à Palavra

76. Embora o Senhor tenha enfatizado vârias vezes a obediência à Palavra e declarado claramente em BN apôs BN ao longo dos anos que viver a Palavra plenamente é um requisito para o discipulado na Família, a falta de julgamento e disciplina para desobediência fez muitos chegarem à conclusäo de que o seu atual grau de obediência à Palavra e aceitaèäo da mesma estâ bom, embora esteja claro que näo estâ. O resultado tem sido uma queda e desvio gradual no espírito‚ chegando a ponto de näo haver — em nenhum nível na Família — um esforèo consciente para se colocar as Cartas em prâtica, o que levou a graves concessöes em todos os níveis e a uma queda geral na sua condièäo espiritual.

nO padräo de discipulado caiu

77. Talvez a conseqüência mais séria deste problema seja que muita gente acha que vive a Palavra e o padräo de discipulado, e que estâ obedecendo, quando na verdade näo estâ. Um modo de pensar transigente se apoderou das mentes de muitos‚ a ponto de a reaèäo e o nível de obediência das pessoas näo refletir nem de longe a intensidade ou o verdadeiro intento das orientaèöes claras e fortes que o Senhor dâ nas BNs. Mas, infelizmente, muitos acham que estäo obedecendo plenamente.

78. Todos esses acontecimentos e modo de pensar geraram o nosso atual estado de transigência. Muitos membros e Lares que näo estäo vivendo à altura do discipulado que o Senhor tem descrito na Palavra ao longo dos últimos anos realmente acreditam que estäo vivendo o verdadeiro nível de discipulado. Eles agora aceitam seu estado de transigência como sendo o certo. Sua percepèäo errõnea de seu grau de obediência e discipulado é reforèado pela lideranèa em todos os níveis, porque a lideranèa näo os estâ disciplinando por näo obedecerem plenamente a Palavra nem viverem à altura do verdadeiro discipulado. Segundo a mentalidade dos membros do Lar‚ se eles näo estäo sendo disciplinados pelo seu baixo nível de obediência, entäo esse nível deve ser o correto, ou pelo menos aceitâvel, o que tem causado uma erosäo contínua da condièäo espiritual da Família.

nO que aconteceu?

79. Nos últimos anos‚ a Palavra tem deixado bem claro que o Senhor tem intenèöes de tornar as coisas mais rigorosas espiritualmente. Ele falou inúmeras vezes em BN apôs BN sobre os principais pecados da Família: desuniäo e divisäo, egoísmo, fofoca, críticas, murmuraèäo, rancor e ressentimento; näo se viver segundo a Lei de Amor, a visäo de Uma Esposa e Atos 2:44, 45; a desobediência à Palavra; o chafurdar em influências ímpias e näo edificantes; as concessöes que se infiltraram na Família, näo se pregar a carne da Palavra e tentarmos aguar a nossa mensagem; o fato de darmos rédea solta a nossas crianèas e adolescentes e permitirmos que se tornem delinqüentes e péssimos exemplos cristäos devido à falta de uma disciplina dentro dos parãmetros divinos e de um treinamento baseado na Palavra — isso sô para mencionar alguns dos problemas principais. Ele deu o nome das potestades que nos combatem no espírito: Pä, Baco‚ Apotheon, Letargia, os Selvegion, Arakan e Obstacon, entre outros. Ele nos deu as chaves do Reino, o que aumentou o poder espiritual à nossa disposièäo‚ e advertiu especificamente que se a Família näo se tornar nos discípulos que precisamos ser, Ele terâ que comeèar tudo de novo com outro grupo.

80. O Senhor deixou claro a Sua definièäo de discipulado e de um verdadeiro Lar CM, um Lar de discipulado. Em “Convicèäo vs. Concessäo”, Ele salienta claramente Sua vontade no tocante ao tamanho do Lar, ministérios de testificaèäo, ter um trabalho missionârio bem equilibrado, pregar a carne da Palavra, estar ligado ao nome da Família, a educaèäo das nossas crianèas‚ educaèäo superior, empregos no Sistema, viver por fé, divisäo e desuniäo, rancor, problemas com a Lei de Amor, criar os filhos e padröes de disciplina infantil, etc.

81. Contudo‚ hoje em dia, dois anos depois, nôs ainda temos vârios Lares que näo cumprem com o que o prôprio Deus declarou ser a maneira como Ele quer as coisas. Atualmente, 149 dos nossos 685 Lares CM säo pequenos demais, ou seja, eles têm menos de quatro membros votantes. Em outras palavras, 22% dos nossos Lares! E 88 desses säo Lares de apenas uma família.

82. "Convicèäo vs. Concessäo" também deixou claro que até mesmo um Lar com quatro membros votantes, e especialmente os de apenas uma família, näo pode ser um Lar frutífero de discipulado‚ porém, atualmente, hâ outros 128 Lares CM que sô têm quatro membros votantes. O Senhor disse ser muito pouco provâvel que um Lar desse tamanho seja frutífero. Tudo isso junto quer dizer que 40% dos nossos Lares ou säo pequenos demais ou, por definièäo do Senhor, näo säo capazes de serem o modelo que deveriam ser e dar o devido fruto. Contudo, segundo o ponto de vista dos Lares, essas desobediências säo aceitâveis. Por que?

83. Um motivo é que, fora a Palavra‚ näo hâ mais nada que os incite a seguir o padräo. A lideranèa näo se mete e promove ativamente Lares grandes o bastante para serem frutíferos e eficientes; em alguns casos eles permitem e autorizam esses Lares abaixo do padräo‚ conferindo–lhes uma exceèäo às regras. Os WS näo tomaram tempo suficiente para analisar mais o problema e modificar as regras quanto ao tamanho dos Lares de modo a refletirem o direcionamento que o Senhor estâ dando. Os WS tampouco incentivaram devidamente a lideranèa para fazerem as pessoas cumprirem a Palavra.

84. Embora a Mamäe tenha sido fiel em transmitir a Palavra, que tornou todos responsâveis porque sabiam exatamente o que o Senhor estava dizendo, os WS näo deram um passo além, procurando descobrir e implementar meios administrativos e salvaguardas para garantir o cumprimento da Palavra. Nôs näo dependemos o suficiente da lideranèa nos níveis mais altos para cumprirem o que o Senhor queria. Näo nos certificamos que a Palavra era obedecida, dando orientaèöes claras e inequívocas aos COs e VSes.

85. Entäo, embora a Palavra, especialmente Cartas como a Sacudida 2000 e a CvsCT tenham causado um impacto imediato e a curto prazo, a longo prazo o espírito e a intenèäo dessas Cartas näo se enraizaram devido a falhas em todos os níveis. Em suma, embora o Senhor, através da Palavra, estivesse tentando apertar as coisas na Família, tentando nos livrar dos pecados espirituais e das concessöes e tentando transferir para outro nível os que näo eram mais discípulos em espírito, a Família de modo geral‚ inclusive a lideranèa, adotou uma mentalidade tolerante com relaèäo à obediência à Palavra e aos meios que a Carta Magna determina que devem ser utilizados para impor o padräo. Sendo assim, a Família näo aplicou a Palavra täo plenamente como deveria, deixando entäo de cumprir o que o Senhor queria.

nO desvio padräo

86. Essa mentalidade leniente levou a uma aceitaèäo generalizada do estado espiritual decadente da Família. A lideranèa tem lidado com os mesmos problemas ano apôs ano, e se cansou de tentar corrigir e mudar problemas aparentemente insolúveis. Eles chegaram a achar que näo podem mais esperar tanto dos Lares e adotaram a mentalidade de aceitar que as coisas säo do jeito que säo e que näo hâ muito que se possa fazer para mudar a situaèäo. Eles toleraram a auto–satisfaèäo de muitos, permitindo-lhes continuar nesse estado de transigências, achando que é difícil ou doloroso demais levâ-los a viver dentro do padräo ou transferi-los para a categoria de membros fraternos. Eventualmente acabam amolecendo e se resignando ao fato de que esses problemas existem e que näo hâ o que fazer para mudar a situaèäo, o que gera um falso método de julgamento chamado “desvio padräo”.

87. O “desvio padräo” é quando o professor dâ uma prova e pega a nota mais alta obtida na prova para representar o 100% e baseia a nota de todo mundo nisso. Entäo, se o cara mais esperto da classe erra 25% das respostas e acerta apenas 75%, o professor determina que a nota mais alta de 75% serâ considerada a nota mâxima, os 100%, e todas as outras provas seräo avaliadas em relaèäo a ela. Quando se faz isso, alguém que sô acertou metade das respostas recebe uma nota alta, de 75 a 80%. Embora um desempenho baixo assim seja na verdade um fracasso, quando você usa o desvio padräo, os fracassos parecem aceitâveis ou até mesmo notas boas. É um método falso de julgamento e permite que aqueles que estäo bem abaixo do padräo pareèam estar no nível correto.

88. Infelizmente, quando se trata do nível de discipulado de muitos Lares, a tendência tem sido usar o desvio padräo. Como o nível de discipulado no geral caiu muito, a tendência é usar o desvio padräo de modo que alguns Lares supostamente "melhores" na ârea na verdade näo estäo vivendo o discipulado verdadeiro a 100%. Mas como alguns desses Lares eram considerados os melhores Lares na ârea, säo considerados 100%, e os outros Lares säo julgados segundo eles. Isto significa que alguns dos nossos Lares que estäo operando a 50% do padräo de discipulado säo aceitos como Lares CM. Por que? — Porque estamos usando o desvio padräo e näo julgando de acordo com o padräo da Palavra e da Carta Magna‚ mas sim em comparaèäo com os outros Lares na ârea. Estamos sendo como os que “se comparam consigo mesmos” e “estäo sem entendimento” (2Cor.10:12).

89. Essa atitude dâ continuidade ao mal-entendido entre os Lares de que eles estäo indo bem‚ embora alguns estejam bem abaixo do padräo quando comparados à Palavra. Afinal de contas, devem estar bem, porque a lideranèa os aceita nesse nível. Eventualmente eles passam a nem entender mais que estäo abaixo do padräo de discipulado e que estäo vivendo em desobediência à Palavra. Eles deixam de achar que a Palavra precisa ser obedecida, pelo menos näo precisa ser seguida 100%. Isso gera o conceito errõneo de que o Senhor deve estar exagerando quando diz certas coisas nas Cartas, ou que Ele näo espera realmente que a Palavra seja seguida, ou que todas essas concessöes em relaèäo a seguir a Palavra näo sô säo aceitâveis, mas que eles, na verdade, estäo cumprindo e obedecendo a Palavra plenamente.

nDeixar pecados espirituais passarem impunes

90. Outro fator importante que contribuiu para a degeneraèäo do nível espiritual da Família tem sido a falta de ênfase sobre a gravidade dos pecados espirituais. A tendência geral em todos os níveis de lideranèa é disciplinar os pecados ou desobediências prâticos e fâceis de serem provados, evitando disciplinar os pecados espirituais que säo muito mais difíceis de serem provados, tais como orgulho em excesso, fofoca, autojustièa, desuniäo, etc. É mais fâcil provar que alguém pecou por violar uma regra, visto que a infraèäo é clara näo sô para a pessoa julgando a outra, mas para a que estâ sendo julgada. Se um indivíduo fez sexo com uma pessoa de fora, tomou drogas‚ ou fumou‚ por exemplo, eles sabem o que fizeram, e na sua prôpria mente sabem que säo culpados do erro. De modo geral näo podem dizer que o julgamento näo foi justo, porque é preto no branco. Esse tipo de situaèäo é bem fâcil de se julgar em comparaèäo aos pecados espirituais.

91. Mas‚ quando se trata de pecados espirituais, as coisas säo menos claras. Embora a lideranèa talvez saiba que alguém é autojusto, orgulhoso, hipôcrita, murmurador, ou tem um espírito crítico, e veja a necessidade de pastorear e corrigir a pessoa, a pessoa sendo corrigida talvez näo veja exatamente da mesma forma, e pode näo estar convencida de que o pastor deveria corrigi-la ou disciplinâ-la. A pessoa talvez näo se sinta culpada e pode muito bem achar que estâ certa‚ e näo perceber o seu erro, que muitas vezes é o caso com esses pecados espirituais. Certos pecados às vezes cegam as pessoas para a sua condièäo, entäo elas continuam convencidas de que näo pecaram.

92. É muito mais difícil para a lideranèa corrigir e disciplinar problemas espirituais, porque o erro nem sempre é algo tangível. Significa sair do preto no branco das regras da Carta Magna e entrar nos “Deveres de Cada Membro”, que näo podem ser definidos com a mesma precisäo. Requer um pouco de subjetividade e interpretaèäo‚ que a lideranèa tende a evitar. Näo querem fazer mau juízo das pessoas nem ser acusada disso; näo gostam de ter que usar os deveres menos específicos dos membros, especialmente quando a pessoa discorda. Esse tipo de pastoreamento é difícil, de modo que muitas vezes é utilizado bem menos do que deveria.

93. Näo disciplinar pecados espirituais, mas dispensar disciplina por desobediências preto no branco regularmente, promoveu uma mentalidade errõnea de que os pecados prâticos säo muito piores do que os espirituais, quando na verdade näo säo. Vê-se esta mentalidade quando os membros dos Lares säo disciplinados por pecados prâticos, mas aqueles que têm sérios pecados espirituais näo säo corrigidos. Infelizmente existem muitos pastores de Lar que disciplinam membros por pecados prâticos, sendo que eles prôprios säo culpados de diversos pecados espirituais sérios que ficam sem correèäo.

94. Em termos prâticos, isto significa que as pessoas que näo estäo tendo sexo com pessoas de fora, mas que têm sérios problemas de desuniäo com outros ou säo excessivamente orgulhosas, näo se consideram pecadoras, porque se fossem, alguém as estaria disciplinando. Elas partem do princípio que se ninguém as estâ disciplinando entäo os seus pecados näo devem ser assim täo ruins, ou que talvez elas nem estejam pecando.

95. No Lar‚ as equipes de pastores muitas vezes caem nessa ênfase ao pastoreamento de pecados prâticos, mas hesitam em se meter nos problemas espirituais dos membros do Lar. Em vez disso, as equipes de pastores esperam que os VSs cuidem desses casos “mais difíceis”. Muitas vezes sô pedem ajuda aos VSs quando o problema fica täo sério que estâ praticamente fora de controle, em vez de trabalharem com a pessoa quando o problema é menor e ajudarem-na a superar através de um pastoreamento espiritual constante. Isso também resulta num legalismo tipo “letra da lei”, em que se enfoca os detalhes, mas ignora-se as questöes muito mais pesadas e importantes do espírito.

96. Muitas equipes de pastores dos Lares parecem näo entender ou näo aceitar que devem pastorear as pessoas. Näo usam os meios que existem para imporem as regras, os quais eles têm tanto a responsabilidade como a autoridade de usar. Isto enfraquece seriamente a estrutura de toda a Família, porque o Lar é a unidade bâsica da Família. Os indivíduos no Lar fazem do Lar o que ele é, e se a equipe de pastores näo ajuda as pessoas a viverem segundo o verdadeiro padräo de discipulado, entäo o Lar serâ fraco e cheio de concessöes. E se houver um número suficiente de Lares fracos que abrem concessöes, isso enfraquece seriamente a Família inteira.

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nO conceito sobre membros fraternos ainda é negativo

97. Outro fator que contribui para o problema de modo geral é o fato de a Família e a lideranèa do campo ainda ter um conceito errado sobre a categoria de membros fraternos. Embora tenha melhorado ao longo dos anos, a mentalidade de modo geral com relaèäo aos membros fraternos ainda é bastante negativa. Muita gente na Família CM considera a categoria FM algo extremamente ruim‚ um nível de castigo quase täo ruim como desertar. Esse estigma é mais do que alguns conseguem suportar; e isso é uma vergonha. Para muitos é o equivalente a ser mandado embora da Família. A maioria dos membros CM lutaram com unhas e dentes para ser discípulos CM, e mesmo se näo vivem atualmente o verdadeiro discipulado segundo o padräo da Palavra, näo querem passar para a categoria FM porque consideram isso um atestado de fracasso.

98. Em alguns casos, a lideranèa do campo tem essa mesma mentalidade, de modo que é muito difícil para eles transferirem alguém para o nível FM, pois sabem que afetarâ tremendamente a vida da pessoa, entäo sentem-se culpados e acham que seriam responsabilizados pelo sofrimento da pessoa. As equipes de pastores do Lar säo extremamente relutantes para comeèarem os procedimentos para transferir alguém no Lar para a categoria FM pela mesma razäo. Fica até mais difícil para o Lar iniciar esse procedimento porque a pessoa vive bem ali com eles, de modo que raramente o fazem, embora saibam que a pessoa näo é um discípulo. Por causa dessa mentalidade, passar alguém para a categoria FM é traumâtico para a pessoa, para o Lar e para a lideranèa. Faz com que seja difícil para a lideranèa transferir alguém, mesmo que o estilo de vida da pessoa ou seu nível de servièo se encaixe mais na categoria FM.

99. Quando membros CM vêem outros membros CM ao seu redor que obviamente näo estäo vivendo nem de longe o nível de discipulado, mas que säo considerados discípulos‚ isso os faz questionar, os deixa confusos ou até desiludidos, e muitas vezes gera uma reduèäo de suas prôprias convicèöes. Afinal de contas, por que deveriam lutar tanto para viver o discipulado quando outros que säo CM näo o estäo vivendo, mas ainda assim säo considerados discípulos? Nessas circunstãncias, eventualmente os verdadeiros discípulos param de lutar tanto e comeèam a abrir concessöes, permitindo gradualmente que o seu nível de discipulado caia.

nA paralisia progressiva

100. Säo vârios os fatores interligados que têm contribuído para a paralisia progressiva que ocorre na Família e que nos trouxeram ao nosso atual estado problemâtico e cheio de transigências. Precisamos lidar urgentemente com esses fatores. Precisamos mudar esse quadro e levantar o nível espiritual da Família, senäo vamos ter que sofrer as conseqüências. Embora estejamos realizando muita coisa boa em nossos ministérios no mundo inteiro, com estatísticas altas, almas ganhas, etc., o lado espiritual estâ afundando. O nível de discipulado na Família estâ perigosamente comprometido. As pessoas que eram verdadeiras discípulas anos atrâs agora afundaram para níveis bem abaixo do discipulado, mas infelizmente nem percebem. Muitas acham que estäo vivendo o padräo de discipulado, mas na verdade estäo operando mais ou menos 50% abaixo dele. Sua percepèäo de discipulado ao longo dos anos mudou a ponto de hoje muitos de nossos membros e Lares‚ embora sejam classificados CM‚ näo estarem vivendo o verdadeiro discipulado. Säo membros, mas näo verdadeiros discípulos.

101. Temos que acordâ-los para se darem conta desse fato e fazermos urgentemente tudo o que pudermos para ajudâ-los a entender que eles näo säo mais discípulos. Eles entäo teräo que ou dar duro para voltarem ao discipulado ou se transferirem (ou serem transferidos) para um nível diferente de servièo na Família. Temos de fazer da Família CM uma Família de discípulos e implementar as mudanèas necessârias para que isso aconteèa. Se näo o fizermos, o Senhor vai levantar outros para serem Sua Nova Igreja, e teremos passado a fazer parte das fileiras da Velha Igreja, uma organizaèäo fria e morta que faz algum bem mas näo é mais viva, vibrante, nem flui com a vontade de Deus para hoje.

nVamos para a guerra

102. Temos que entender no fundo do coraèäo que o Senhor jâ deixou bem claro que, se näo levarmos Seus avisos a sério e efetivarmos as mudanèas que Ele estâ pedindo, Ele levantarâ outros para tomar as nossas coroas. A situaèäo tem que mudar. Temos que resolver esses problemas e mudar nossa maneira de pensar errada. Temos que fazer da Família CM um lugar de discipulado e nos livrar de toda e qualquer concessäo. Temos que dar meia volta na Família rapidamente‚ senäo vamos ser “encostados”.

103. Näo podemos mais operar como um exército em tempo de paz, como tem acontecido nos últimos oito anos. Vamos para a guerra. Temos que assumir essa mentalidade de guerra, abrir mäo da nossa maneira de pensar atual, de nos prendermos ao modo como temos operado nesses últimos oito anos, e concentrar as nossas oraèöes‚ nosso tempo e nossos esforèos em solucionarmos as crises que existem no nosso meio.

104. O Diabo e suas forèas estäo tentando nos destruir. Ele sabe que estamos enfraquecidos e estâ reunindo suas tropas contra nôs. É como uma naèäo que tem observado seus inimigos se prepararem para entrar em guerra contra ela. Eles têm visto o inimigo investir nas suas armas, têm visto suas tropas serem treinadas e estâ claro que logo logo o inimigo vai atacar a naèäo. Essa naèäo näo pode esperar até ser atacada; tem que comeèar a se preparar agora. Os soldados de tempo de paz precisam comeèar o treinamento de emergência e novos soldados ser recrutados e treinados. Precisam comeèar a treinar com suas armas agora. Eles têm que se empenhar em preparar o exército para a batalha, porque se isso näo acontecer, o inimigo vai entrar e destruir a naèäo e seu povo.

105. Nôs somos essa naèäo. Nosso Comandante-chefe, Jesus, disse-nos o que vai acontecer e nos mandou preparar. Ele supriu para nôs armamento suficiente e nos disse como treinarmos para a batalha. O problema é que temos tido paz por tanto tempo que näo entendemos de verdade o sentido das nuvens de guerra que estäo se formando no horizonte. Ainda näo "sacamos" que precisamos botar nosso exército em forma de novo para lutar, que os nossos soldados estäo fora de forma e despreparados. Embora tenhamos o efetivo, grande parte dele estâ fraco, despreparado, e o que é pior, esses soldados nem estäo cientes de sua lastimâvel condièäo.

106. Essa situaèäo tem que mudar. Temos que dar meia volta na nossa naèäo. Temos que fazer o que for preciso para nos prepararmos e para que a Família CM seja a forèa de discípulos lutadores que tem de ser. Temos que voltar a viver o verdadeiro discipulado e dar os passos necessârios para que isso aconteèa. Se näo o fizermos, vamos perder a guerra e o Senhor vai levantar outros para fazerem o trabalho que falhamos em fazer.

107. Temos que dar passos concretos para sairmos do caminho por onde estamos seguindo. Estamos nos aconselhando e orando sobre uma série de propostas específicas para mudanèas dentro da Família, as quais acreditamos que ajudaräo a trazer as mudanèas necessârias. Mas efetuar mudanèas na nossa estrutura näo é suficiente. Vamos ter que mudar a nossa maneira de pensar, e isso comeèa conosco, a lideranèa da Família. Vamos ter que mudar a nossa maneira de ver as coisas e cada um abandonar suas concessöes e parar de justificar as dos outros.

108. Temos que matar as concessöes. Concessäo provém do inimigo e estâ nos destruindo. Temos que desarraigâ–la em cada aspecto da Família CM.

109. Temos que soar a trombeta em alto e bom som para mostrar o que é o verdadeiro discipulado. Tem de ficar claro que nada abaixo do discipulado pleno é aceitâvel na Família CM. Temos que lutar para eliminar as concessöes da Família e fazer com que ela volte a ser a luz brilhante de discipulado que jâ foi. Se näo fizermos isso, nossa luz vai diminuir, tremeluzir e acabar se apagando.

110. Temos que eliminar todas as causas de concessöes, que foram salientadas hoje. Temos que parar de avaliar pelo desvio padräo e de nos compararmos entre nôs mesmos. Temos que determinar que a Família CM vai viver o discipulado pleno.

111. Esta é a incumbência que o Senhor nos deu — de fazermos o que for preciso para colocarmos a Família CM no caminho do discipulado, e para que todos na Família em geral estejam na categoria em que melhor se encaixam. Cumprir essa incumbência vai requerer muito trabalho duro, tempo‚ oraèäo e ouvir do Senhor. Vai exigir mudanèas de grande porte na nossa maneira de pensar, na estrutura da Família e nos nossos métodos de trabalho. O Senhor prometeu que farâ o que Lhe cabe se nôs fizermos a nossa parte. (Fim do trecho de uma palestra de Peter na Cúpula, “O Estado da Naèäo em 2003”.)

A profecia do Titanic

112. Pouco antes da Cúpula‚ o Senhor deu a seguinte mensagem, que é uma alegoria muito efetiva da qual nenhum de nôs se esquecerâ täo cedo. Essa mensagem deixa bem claro a seriedade da batalha que estamos enfrentando.

113. (Jesus:) Meus amores, Meus generais e oficiais, agora que os tenho aqui reunidos neste santuârio onde posso ter um tempo de qualidade exclusivo com cada um, vou chamar a sua atenèäo para o que estâ por vir e lhes dar entendimento da situaèäo, para que possam se preparar da melhor maneira possível em coraèäo e espírito para o que estâ reservado para cada um de nôs.

114. Eu agora os chamo aqui para a minha sala de guerra — para o santuârio interno do Meu conselho e estratégias de guerra. Em poucas palavras, este é o evento mais importante do momento — tanto no plano espiritual como no físico. Ou seja, näo hâ nada mais importante do que o que estâ acontecendo agora e estarâ acontecendo durante estas reuniöes da Cúpula. Sendo curto e grosso, em termos de guerra, nada mais deveria ocupar as suas mentes ou ser prioridade, e nada deveria tirâ-los do muro do que estâ acontecendo aqui, porque estamos em guerra, Meus amores, e preciso de cada um de vocês — Meus oficiais de elite — e do seu input sem distraèöes, da sua concentraèäo total.

115. Agora é hora de deixar tudo o mais de lado e se concentrarem nas prioridades, porque lhes garanto que a prioridade com que nos deparamos tocarâ cada um de vocês pessoalmente e em grupo, porque se trata literalmente de uma luta pela sobrevivência da Família. Daqui a pouco os colocaremos a par de tudo, mas no momento‚ neste exato momento, é hora de largarem tudo aos Meus pés‚ e no espírito entrarem no seu posto e cargo de oficiais, com as armas do espírito prontas ao seu lado. Nunca houve um momento em que precisei tanto de vocês como agora. Tenho que contar com vocês. A Família tem que poder contar com vocês. Chamo e convoco cada um de vocês a entrar em guerra pelo futuro da Família! Preciso de cada um de vocês como Meus oficiais!

116. Näo é um erro o fato de se sentirem fatigados‚ esgotados, sobrecarregados e cansados da luta. Permiti isso para que cada um de vocês estivesse desesperado — e em alguns casos se sentindo totalmente incapaz — para que comeèassem este período fracos e na melhor posièäo para receberem o que tenho para lhes dar. Humilhei a Minha Noiva coletivamente e individualmente, e continuarei a fazê-lo para que Eu possa purificâ-la e limpâ-la, para que ela volte a ser a Minha nova igreja‚ Minha Noiva caída fora do Tempo do Fim.

117. Esta humildade e cansaèo que experimentam säo necessârios para o que estâ por vir. Espero que estejam nessa condièäo, desprovidos de forèa prôpria, dispostos a Me seguir aonde Eu guiar e a fazer o que for preciso para salvar sua heranèa como Meus filhos. Como säo oficiais, teräo que aprender certas lièöes, receber instruèöes e correèöes e tudo isso faz parte do que lhes peèo, säo os ossos do ofício. Mas, ao mesmo tempo, näo é hora de apontar o dedo nem culpar os outros. Numa crise ou situaèäo de emergência — que é o que a Família estâ passando no momento — näo hâ tempo para ver quem é o culpado ou para ficar apontando o dedo. Todo o enfoque e concentraèäo deve ser direcionado no sentido positivo, de se encontrar soluèöes e chaves que asseguraräo a sobrevivência, a vitôria e o progresso. Essa é Minha estratégia, meta e enfoque no momento, e quero que sejam os seus.

118. Vocês jâ Me ouviram Me referir à Minha Família — os filhos de David — como um grande navio, um transatlãntico. Como tal‚ quaisquer mudanèas ou desvios de direèäo — dado o comprimento e largura do navio — näo podem ser feitos rapidamente; levam tempo. Agora dou a vocês, Meus oficiais, a mesma analogia do transatlãntico, sô que desta vez com muito mais seriedade e muito mais gravidade de espírito, porque neste momento, quero que vocês, Meus oficiais, vejam e entendam que comparo e assemelho o transatlãntico da Família ao Titanic antes do naufrâgio. O grande Titanic da Família — que muitos, na sua familiaridade e devido às concessöes que abriram, acham ser “insubmergível” — pode na verdade afundar, a menos que sejam tomadas medidas drâsticas e abrangentes! O rombo no casco é comprido, profundo e grande, e näo pode ser remediado sô fechando os compartimentos estanque, näo dâ para ignorâ-lo, ou pode custar a embarcaèäo. Por mais “lento” que seja o processo de naufrâgio e morte, vai ser concluído, a näo ser que se tomem medidas imediatas, exatas e drâsticas.

119. Em momentos de crise como este, tal como aconteceu no naufrâgio do Titanic, näo hâ tempo nem faz sentido apontar o dedo ou colocar a culpa em ninguém. Sô hâ tempo para se buscar a salvaèäo e as soluèöes. É hora de cada oficial e membro da tripulaèäo estar “a bordo” no espírito, porque sô com trabalho em equipe‚ todos puxando juntos, é que a vitôria serâ ganha. Neste momento estou chamando todos vocês, Meus oficiais, para estarem “a bordo” no espírito, ou seja, deixando tudo para trâs e se dispondo a fazer o que for preciso para garantir a sobrevivência do grande navio da Minha Família.

120. Isto quer dizer estar “a bordo” no espírito o tempo todo. É imperativo que estejam em guarda no espírito e espiritualmente conscientes. É imperativo que estejam humildes, submissos‚ em oraèäo e vigilantes no espírito, e manejar as chaves fielmente é o requisito mais importante para a sua proteèäo, seguranèa e sucesso totais! (Fim da mensagem de Jesus.)

121. (Peter: ) Oramos para que esta mensagem näo os tenha assustado. Näo temos nada a temer, mas temos que lutar como nunca antes. Temos todo o poder do universo nas mäos através das chaves do Reino, entäo näo devemos temer, mas sim orar fervorosamente e trabalhar diligentemente para encontrarmos a vontade de Deus e realizâ-la! Näo vamos comeèar a correr em busca dos barcos salva-vidas e abandonar o navio. Näo vamos naufragar fracassados e humilhados. É hora de lutarmos.

122. Vamos para a batalha. Estamos nas linhas de frente. O Inimigo estâ furioso, e vai com certeza reagir aos nossos ataques; ele näo vai desistir e se render. Temos que atacar e eliminâ–lo.

123. Estamos diante de uma crise. O transatlãntico da Família estâ num estado perigosamente fraco e precisa de reparos radicais e medidas urgentes se quisermos salvâ-lo e resgatar a sua tripulaèäo e passageiros. Este é o desafio que o Senhor nos apresentou, e depende de cada um de nôs fazer a sua parte.

124. A meta näo é sô fazer o navio da Família comeèar a funcionar, sô o bastante para levâ-lo ao porto onde possa descansar, se enferrujar, estragar e eventualmente acabar como todos os outros antes dele. Näo queremos um tapa-buraco, algo temporârio‚ um paliativo que sô vai retardar a tragédia. Precisamos de medidas inovadoras, frescas e eficientes que‚ no longo prazo, resolveräo os problemas.

125. Por isso buscamos o Senhor desesperadamente, e tivemos muitas reuniöes longas e exaustivas na Cúpula‚ quando entäo exploramos diversas idéias e possibilidades, como também os possíveis efeitos secundârios dessas medidas.

126. A meta é a reestruturaèäo da Família e colocarmos em vigor salvaguardas e métodos para assegurar a obediência às regras, o que farâ da Família CM uma Família de discípulos. Os Lares e indivíduos que têm o título de membros da Carta devem ser discípulos modelo, conforme o que o Senhor e as Palavras de David explicam. É isso o que o Senhor espera de nôs. Centenas de pâginas de mensagens do Senhor e de Papai foram publicadas nos últimos anos expressando claramente o que é discipulado‚ mas por vârias razöes, muitos na Família CM näo efetivaram as mudanèas necessârias nas suas vidas pessoais e Lares para refletirem honesta e consistentemente essa visäo de discipulado.

127. A Família de membros da Carta equivale a discipulado. Pelo menos é o que deveria ser e como tem que ser se quisermos continuar sendo a Nova Igreja e exército do Tempo do Fim que o Senhor escolheu que fõssemos. Mamäe e eu vamos explicar muitas coisas em 2004 para esclarecer mais essas metas e o que o Senhor nos mostrou que devemos fazer para atingi-las, mas por agora quero compartilhar com vocês um trecho de uma palestra que dei em vídeo para a Família no Brasil em preparaèäo para o processo de reintegraèäo dos Lares naquele país. Para que os Lares fossem julgados de maneira justa, precisavam saber claramente em que esse julgamento se basearia. Isto resultou numa explicaèäo baseada na Palavra e na Carta Magna sobre discipulado.

O que é o discipulado?

128. Todos entendemos e sabemos que teoricamente um membro da Carta deveria ser um discípulo e que um Lar da Carta deveria ser um Lar de discípulos. Infelizmente, contudo, este conceito näo tem realmente sido o caso no que diz respeito aos nossos membros e Lares da Carta. Vamos revisar o que é discipulado, comeèando com uma olhadinha no que a Bíblia tem a dizer sobre o estilo de vida do discípulo, a vida de alguém que se diz discípulo.

129. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15).

— Isto significa testemunhar fiel e consistentemente.

130. “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum; vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (Atos 2:44,45).

— Trabalharem e viverem juntos, compartilhando suas possessöes‚ vivendo em uniäo, sendo um sô corpo, näo egoístas.

131. “Se alguém quer vir apôs Mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-Me” (Lucas 9:23‚24).

— Negar-se a si mesmo, näo fazer as coisas que quer fazer‚ viver verdadeiramente para o Senhor.

132. “Assim, pois, qualquer de vôs que näo renuncia a tudo quanto tem näo pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33).

— Renunciar a tudo! Isso näo se refere apenas às possessöes materiais, mas realmente renunciar a sua vontade para Deus, de modo que näo tem vontade prôpria. Estar disposto a fazer qualquer coisa que o Senhor lhe diga; você renuncia a sua vida, os seus desejos, suas metas pessoais, seus desejos pessoais, e dâ tudo ao Senhor.

133. “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e näo toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (2Cor.6:17).

— Sair do mundo. Você estâ no mundo‚ mas näo tem que ser do mundo.

134. "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou hâ de odiar um e amar o outro, ou se dedicarâ a um e desprezarâ o outro. Näo podeis servir a Deus e a Mamom" (Mat. 6:24).

— Näo estar de coraèäo dividido. Dar-se por completo ao Senhor, näo dizer: “Vou servir o dinheiro”‚ ou “Vou ter um emprego e fazer o que quero, e dar ao Senhor parte do Meu tempo”. Você amarâ a um e odiarâ o outro — isso é algo no que pensar.

135. “O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirâ todas as vossas necessidades em glôria, por Cristo Jesus” (Fil.4:19).

— Confiar no Senhor para provisäo, viver por fé. Näo é fâcil, mas faz parte do preèo que se paga pelo discipulado.

136. “Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a Sua vida por nôs, e nôs devemos dar a vida pelos irmäos” (1Joäo 3:16).

— Isso näo significa morrer por alguém algum dia, mas sim morrer para si mesmo cada dia. Até mesmo por aquele cara de quem você näo gosta; mesmo por aquela pessoa que o incomoda. Você ainda assim tem que dar a sua vida por eles‚ realmente trabalhar por eles, ajudâ-los, colocar as necessidades deles acima das suas. Porque:

137. “Nisto todos conheceräo que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Joäo 13:35).

— É o testemunho de amor, o testemunho de uniäo, que mostra que você é um discípulo. Se vive para si‚ quer no seu prôprio Larzinho ou vivendo egoisticamente no seu Lar sem se integrar, as pessoas näo vêem esse amor, essa uniäo, essa unidade. Mas a Bíblia diz que é assim que as pessoas saberiam se säo discípulos. É täo diferente! É um tamanho testemunho o fato de se amarem uns aos outros. Você ama os outros?

138. “Se vôs permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente, sereis Meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertarâ” (Joäo 8:31,32).

— Essa clâusula é condicional. “Se vôs permanecerdes na Minha Palavra, entäo sereis Meus discípulos”. Se estiverem vivendo a Palavra, permanecendo nela e absorvendo-a‚ entäo säo discípulos. Por outro lado, se näo estiverem fazendo essas coisas, näo säo discípulos. Entäo, como estäo se saindo? Estäo permanecendo na Palavra? Aplicando-a à sua vida? Quem estiver fazendo isso é um discípulo. Se näo, ou se näo o fizer o bastante‚ entäo näo é um discípulo. É bem direto.

139. “Nisto é glorificado Meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos” (Joäo 15:8).

— Qual é o fruto da sua testificaèäo? Qual é o fruto do seu ministério? Você estâ dando fruto? O seu Lar estâ dando fruto? — Fruto sob a forma de discípulos, contatos, amigos, pessoas ganhas para o Senhor, do testemunho que däo? Qual é o seu fruto? — Fruto verdadeiro e que permanece.

140. Estes säo apenas alguns dos versículos apropriados, e tenho certeza que podem encontrar muitos mais. E se você quiser ser um discípulo da Família, um discípulo do Tempo do Fim de David e Maria, entäo näo sô tem que viver esses versículos bíblicos, mas tem que viver as Cartas. Tem que colocar em prâtica na sua vida o Vinho Novo que Deus dâ hoje. Se näo fizer isso, entäo näo é um discípulo. Ser um discípulo é ser um cumpridor da Palavra, é praticâ–la.

141. É de suma importãncia que entendam este ponto, porque é o que lhes vai ser cobrado: discipulado. Vai lhes ser cobrado o padräo da Palavra impressa, a Carta Magna, e näo o mínimo estipulado na Carta Magna, mas o que ela realmente determina e no sentido pleno. Entäo, cabe-lhes ler as explicaèöes na Carta Magna, e também a BN “Deveres Estipulados pela Carta”‚ e ler a série “Convicèäo versus Concessäo e Transigência”, que esclarece algumas mâs–interpretaèöes comuns da Carta Magna. Também lhes serâ cobrado o Vinho Novo. A Carta Magna näo serâ mais a única base de julgamento para o padräo de discipulado. Por isso é importante entenderem o que foi dito antes sobre o suposto “mínimo”, que näo é suficiente.

142. É vital entenderem que a categoria de membro da Carta equivale a discipulado e vice-versa. Segue-se uma profecia que explica melhor do que eu.

143. (Jesus: ) Este é um novo dia e uma nova era. Meus filhos näo säo mais crianèas. Espero que cada um cresèa e atinja a estatura plena de um adulto maduro que discerne o certo do errado, o padräo do meu Vinho Novo, e näo mais se interesse em procurar as coisas com as quais possa passar impune e que näo tenha de implementar, mas que julgue as questöes espirituais e procure seguir o padräo espiritual.

144. Espero que Meus filhos agora virem adultos e sejam julgados segundo o padräo de adultos; como cristäos maduros, seguidores maduros do ensinamento.

145. Você é um seguidor maduro dos ensinamentos‚ do Vinho Novo? Ou ainda estâ preso no nível infantil, querendo cumprir a letra da lei porque sô vai levar um tapa na mäo se descumprir isso? É um novo dia e uma nova era e as coisas estäo acontecendo râpido. O que era aceitâvel ontem, durante a infãncia, näo é mais aceitâvel, e agora farei Meus pastores julgarem entre o gordo e o magro, ou seja, entre aqueles que estäo avanèando espiritualmente e seguindo o padräo espiritual determinado no Vinho Novo e se fortalecendo em espírito‚ ficando saudâveis e vivazes, e aqueles que ainda näo absorvem a carne espiritual nem estäo crescendo no plano espiritual como deveriam estar crescendo e jâ deveriam ter crescido.

146. As coisas estäo mudando, Meus amores, e Meus pastores agora julgaräo entre os gordos e os magros. Quando o Vinho Novo sai, espera-se que o vivam, e a Carta Magna refletirâ mais essas mudanèas, pois vou atualizar o seu sistema de funcionamento, o seu modo de agir, seu método de operaèäo. Näo estou necessariamente elevando o padräo. A essência do padräo sempre esteve presente‚ do padräo espiritual com base no qual as regras físicas foram determinadas. Mas agora a implantaèäo do padräo espiritual e o sistema pelo qual seus seguidores seräo julgados väo ser atualizados para estarem no nível do seguinte padräo espiritual:

147. Você estâ vivendo segundo o Vinho Novo ou näo? O seu estado espiritual estâ alinhado com o estado espiritual de discipulado como definido pelo Vinho Novo? Você é um discípulo em espírito, ou estâ apenas observando o mínimo? Onde estâ o seu espírito? Em que pé estâ a sua vida espiritual? O seu espírito estâ Comigo nos seus louvores, ou tem afundado para o nível do Diabo de queixas, murmuraèöes, rancores, ciúmes, fofoca, inveja‚ ôdio, ira e desuniäo? É isso que serâ julgado.

148. Vocês jâ tiveram tempo suficiente. Näo podem dizer que näo sabem. A verdade estava lâ para todos verem. Os princípios espirituais sobre os quais as regras da Carta foram criados estavam lâ. E estäo lâ. Dê uma olhada! Mas como crianèa é crianèa, muitos escolheram obedecer à regra física, mas näo necessariamente aprender o padräo espiritual.

149. É como dizer para uma crianèa näo bater no seu irmäo‚ porque näo é amor. Mas ela bate no irmäo, entäo leva um tapa. Bate de novo e leva um tapa mais forte na mäo. Entäo bate mais uma vez, e leva outro tapa na mäo e perde um privilégio. Aí ela pâra de bater no irmäo, mas näo significa que o ama. Ela aprendeu a regra física, mas näo a espiritual que Eu queria ensinar‚ a que diz: ame o seu irmäo, e se o amar, näo vai bater nele — por amor‚ näo por medo do castigo.

150. O mesmo acontece com muitos de vocês. No geral vocês observaram o mínimo das regras prâticas da Carta‚ mas näo cumpriram o espírito da Carta Magna, que é o espírito de amor, obediência e dedicaèäo a Mim: o espírito do discipulado. Eu busco o espiritual, sou um espírito. Eu opero no mundo do espírito e estou tentando ajudar os seus espíritos a crescerem‚ amadurecerem, e se unirem ao Meu, como adultos espiritualmente maduros, fazendo o que é certo aos Meus olhos e näo apenas o que precisam fazer para cumprir os requisitos mínimos.

151. Quero lhes ensinar a viver o espírito da lei em vez de a letra da lei. Quero ensinâ-los a obedecerem e fazerem as coisas certas porque Me amam e Me temem, seu Bom Pastor, e näo porque têm medo dos seus pastores terrenos e das conseqüências que eles lhes infligiräo se desobedecerem às regras e näo viverem o padräo.

152. A Carta tinha de ser escrita da maneira que foi escrita porque vocês eram crianèas. Receberam um livro de regras a ser seguido. Mas agora os anos passaram, as estaèöes mudaram‚ e é hora de se tornarem uma planta madura. Primeiro era um broto, aí apareceu o caule, depois nasceu uma espiga no caule. Esse é o processo. Vocês agora estäo amadurecendo e chegando no estâgio em que a espiga aparece no caule, entäo espero — e na verdade sô tolerarei — no nível de discípulo em tempo integral aqueles que crescerem e amadurecerem seguindo o padräo de discipulado determinado no Vinho Novo de todo o coraèäo. Por quê? Porque seräo os únicos capazes de enfrentar a guerra intensificada. Todos os demais cairäo do caule. Somente os que estiverem profundamente enraizados e maduros teräo forèa espiritual e recursos para suportar as tempestades e dilúvios que estäo para cair sobre os habitantes da Terra.

153. Eu desejo que fiquem acima da tempestade, desejo envolver seus espíritos com o Meu. Quero que caminhem pelas âguas e näo se afoguem, e atravessem o fogo sem se queimar. Mas isso sô pode acontecer se tomarem Minha mäo agora e avanèarem para o padräo espiritual da Palavra e da Carta Magna de Amor, vivendo integralmente a Lei de Amor, louvando-Me continuamente no seu espírito, sendo testemunhas fiéis‚ ouvindo-Me freqüentemente em profecia, protegendo-se uns aos outros das influências do mundo‚ evitando as coisas que sabem näo ser de acordo com a Palavra, ficando firmes no que sabem ser o certo e vivendo acima das âguas da murmuraèäo, insatisfaèäo e tudo que existe nas camadas mais baixas do mundo espiritual do Diabo.

154. Agora é sua chance. É como um rapazinho de 12 anos indo para o seu Bar Mitzvâ. Agora você é um homem, Meu filho, e espero que avance a passos largos, que amadureèa e se torne um adulto. Espero que assuma responsabilidade e comece a produzir fruto — fruto espiritual, fruto como você‚ com a mesma profundidade de espírito, com a mesma visäo e meta. Espero que se torne parte do Exército de David do Tempo do Fim que varrerâ a Terra e näo serâ abalado pela crescente onda das inundaèöes de Satanâs.

155. A hora é agora, Meus amores! Agarre a chance para que você também näo seja arrastado pela correnteza. Se quiser sobreviver, precisa mudar e se tornar um seguidor espiritual do ensinamento; tem de comeèar a seguir o padräo espiritual e parar de afundar, como uma crianèa, para o mínimo. A ênfase agora estâ passando para o padräo espiritual, o verdadeiro, no qual o físico foi edificado. O físico näo vai deixar de existir e ainda serâ julgado‚ mas agora Meus pastores teräo uma visäo mais aguèada e um discernimento mais apurado para distinguirem a verdade do espírito e julgarem o espiritual com base nela. Portanto, agora haverâ uma mudanèa no que é enfatizado como padräo.

156. Estou removendo o entulho e voltando para a essência, o padräo espiritual, e todos vocês, Meus filhos, por amor a vocês mesmos e por amor a Mim‚ seräo julgados por ele. A Carta Magna näo é mais um conjunto de mínimos físicos, mas sim um padräo espiritual que serâ observado primeiro e acima de tudo, e todos que quiserem se manter saudâveis e ativos precisam passar a cumprir esse padräo. Tem estado disponível todo esse tempo e näo mudou. É o mesmo padräo‚ mas agora os Meus filhos atingiram o estâgio em que devem dar o passo e crescer. O Inimigo agora convocou suas fileiras e preparou suas armas, o que torna absolutamente prioritârio o seu crescimento e conversäo ao padräo espiritual.

157. Entäo estou chamando vocês agora, e esta é a convocaèäo para que todos que queiram possam vir e se juntar a Mim, onde vivo, e se prepararem para a grande batalha vindoura, da qual sairemos vitoriosos! (Fim da mensagem de Jesus.)

158. (Peter: ) Glôria a Deus. Näo é uma boa explicaèäo? Obrigado Senhor por uma mensagem täo bonita e importante: que temos de passar para o espiritual, temos que nos atualizar. Temos que parar de ser criancinhas, criancinhas que sô fazem coisas ou param de fazer coisas por medo da surra. Precisamos crescer no espírito e ser discípulos no coraèäo. Você é um?

159. Por favor, olhe bem, ore e busque o Senhor quanto ao seu nível de discipulado. O que você tem sido? Uma criancinha obedecendo às regras porque é obrigada? Ou um discípulo que vai além de apenas cumprir as regras porque vive o amor‚ a Palavra, e a coloca em prâtica? Como você tem agido? Quem você vai ser? Vou lhe dizer uma coisa, se quiser ser um discípulo na Família vai ter de viver mais do que a letra da lei, vai ter de viver a Palavra, porque é isso o que o Senhor estâ nos pedindo.

160. Discipulado näo é sô uma palavra. Näo é sô acreditar. É acreditar, mas é fazer, é aèäo. Dâ para saber que alguém é um discípulo pelo que ele faz pelo Senhor. Você tem de ter fé e acreditar. Você tem que ter uma vida espiritual e relacionamento íntimo com o Senhor, mas também tem que agir. Como diz o versículo: “A fé sem obras é morta.”

161. Hâ muitas pessoas no sistema igrejeiro que amam Jesus, mas näo säo discípulos. Hâ muitas pessoas que O servem, mas näo säo discípulos, porque näo vivem plenamente a vida de um discípulo. Näo renunciam a tudo e näo submetem verdadeiramente a sua vontade ao Senhor. Dizem: "Eu Te servirei, mas nos meus termos."

162. Nôs na Família CM precisamos ser discípulos e entender o que isso significa. O discipulado se baseia muito em aèäo. Näo é auto-aprimoramento. Näo se trata de apenas obedecer às regras. É servièo — servièo genuíno, dar cem por cento de si mesmo.

163. Você pode se perguntar o que faz com seu tempo, porque isso pode responder que tipo de discípulo você é, ou se sequer é um discípulo. Quais säo as suas prioridades? Elas säo: “Bom, tenho de conseguir coisas para mim mesmo. Tenho de cuidar de mim mesmo, näo do meu irmäo. Preciso me colocar antes do meu irmäo. Tenho certas metas de vida que preciso atingir.” Bom, näo é ruim ter metas para a sua vida‚ mas se näo säo as metas que Deus tem para você, entäo em que direèäo você estâ seguindo? Você estâ servindo a si mesmo ou a Deus?

164. Discipulado é algo espiritual, é isso que estou tentando transmitir a vocês. A pergunta é basicamente: você é, espiritualmente, um discípulo? Você tem um coraèäo de discípulo? Porque se tem o coraèäo e o espírito de um discípulo e estâ verdadeiramente renunciando a tudo, realmente dando sua vida sem reservas a Jesus‚ isso se manifestarâ nos frutos, nas suas prioridades, na maneira como vive e se conduz, e através das suas atividades. Seu suposto discipulado näo serâ baseado somente nas regras.

165. Temos as regras e elas säo importantes; näo estou querendo dizer que näo sejam. Mas se você é um discípulo, as regras näo säo tudo, porque no decorrer de sua vida, pelo fato de amar o Senhor, obedecer–Lhe e seguir a Palavra, automaticamente cumprirâ todas essas regras. Você näo serâ um mau exemplo. Näo se deixarâ subjugar e dominar por seus problemas pessoais, näo viverâ em desuniäo com os irmäos nem serâ desamoroso com as pessoas. Näo serâ apegado às coisas deste mundo nem ao Sistema. Você testificarâ, ganharâ almas, terâ um trabalho missionârio. Farâ todas essas coisas que o Senhor disse serem parte do discipulado, e as farâ näo porque existem regras determinando que tem de fazê–las, mas porque é o que sabe que deve fazer como seguidor de Jesus. Você é um discípulo, um profissional.

166. E é isso que realmente queremos. É isso o que o Senhor quer, e Ele tem deixado bem claro.

167. Seu discipulado é a sua aèäo‚ o que você faz, o jeito que vive, a sua obediência. Näo é sô acreditar, ouvir e aceitar. Isso é parte‚ mas näo é tudo. Säo todas essas coisas. É acreditar, é aceitar, mas é também fazer, colocar em aèäo, é viver a vida‚ é ser um discípulo no espírito, é ter o coraèäo e espírito de um discípulo. Se estas coisas estiverem presentes, entäo você levarâ a vida de um discípulo e isso ficarâ evidente. Se tais coisas näo estiverem presentes, näo dâ para fingir. Se o seu coraèäo näo estiver no discipulado, entäo mesmo que viva num Lar CM, você näo serâ genuinamente um discípulo, porque seu coraèäo näo estâ nisso. E a mudanèa deve ocorrer essencialmente aí: no seu coraèäo, no coraèäo de todos nôs.

168. Podemos tentar impor as regras de forma mais consistente e eficaz, mas sô isso näo farâ da Família CM uma Família de discípulos. A única coisa que o farâ é a mudanèa no coraèäo de cada indivíduo, uma mudanèa de espírito, uma maior dedicaèäo. E é por isso que o Senhor quer limpar a Família CM, porque Ele quer na Família CM as pessoas que têm o coraèäo de um discípulo, que têm o espírito do discípulo. E é isso que é importante, amém? É isso que Mamäe e eu estamos tentando transmitir a vocês.

169. Seguem-se dois trechos de profecia sobre este tôpico:

170. (Jesus: ) Discipulado é um estilo de vida, é o que faz com sua vida. Näo é um monte de regras, näo tem nada a ver com o “mínimo”. Tal como Eu ensinei, discipulado é dar tudo‚ renunciar a tudo, näo reter coisa alguma de Mim e daqueles a quem serve. Eu näo disse: “Faèa o mínimo e passe raspando.” Os que quiserem fazer isso podem ser membros da Família e amigos‚ mas näo säo discípulos, mesmo que estejam guardando a letra da lei, o “mínimo exigido pela Carta Magna”. O que eles näo compreendem é a intenèäo da lei, a razäo para o mínimo. Se entendessem, compreenderiam que näo devem deixar o exemplo de discipulado despencar.

171. A visäo de um discípulo é alguém que, depois de Eu observâ-lo por uma semana, pudesse dizer: “Ele näo é perfeito, mas Me ama, Me obedece, renuncia a tudo; vive por Mim e pelos outros; é uma testemunha constante e eficaz; dâ tudo de si. Resumindo, ele faz o trabalho de um discípulo, e Me orgulho em chamâ-lo de discípulo.” Que este seja o seu critério. Toda a tralha e supérfluos do mundo, os pecados da língua e de espírito, teräo de ser abandonados para que esse nível seja atingido. É isso que Eu quero, essa é a Minha meta. Se as pessoas näo estiverem dispostas a atingir essa meta e se elevarem acima do mínimo, irem além disso para realmente serem o que poderiam vir a ser — bons exemplos de discípulos‚ entäo näo deveriam lutar pelo padräo CM.

172. Agora vou fazer as pessoas seguirem os verdadeiros requisitos para o discipulado, pormenorizados simples e claramente na Bíblia hâ milhares de anos. Elas simplesmente näo têm tido interesse em aplicar certas porèöes da Bíblia ou das Cartas em suas vidas, porque o custo é muito alto. Bem, custa ser um discípulo, e agora a Família inteira terâ de comeèar a pagar o preèo ou passar para uma outra categoria.

173. Discipulado é uma vida difícil; é para os poucos, näo para os muitos. Hâ muitos na Família hoje que na verdade näo se qualificam para o discipulado. Näo é que näo queiram, näo é que näo desejem, mas näo estäo realmente dispostos a fazer o trabalho duro de viver a vida. Näo estäo dispostos a sacrificar‚ e o verdadeiro discipulado exige muitos sacrifícios.

174. Discípulos da Família totalmente dedicados e comprometidos, se forem verdadeiros discípulos‚ faräo sacrifícios, se doaräo, se submeteräo, preferiräo uns aos outros, obedeceräo à minha Palavra, trabalharäo por Mim, daräo fruto e, como resultado, seräo felizes e abenèoados, mas ainda estaräo sacrificando. O fato de um discípulo ser feliz näo significa que para isso näo tenha que negar–se a si mesmo, servir sacrificadamente e dar de si. Custa! E, infelizmente, muitos de Meus filhos hoje näo estäo dispostos a ir täo longe assim. Eles se acostumaram a tirar proveito dos dois lados. Acham que podem ficar na Família, mas ainda viver no mundo.

175. Estou levando a Família de volta ao discipulado verdadeiro e radical, e para quase cada membro da Família isso quer dizer verdadeira renúncia de algo que lhe é querido, algo através do qual o mundo tem um pequeno domínio sobre eles, algo que eles estäo permitindo em suas vidas que os mantêm "amigos do mundo". O mundo é inimizade contra Mim e esse tipo de transigência näo é aceitâvel.

176. Você talvez diga, “Mas näo é täo mal assim”. Acontece que é apenas o comeèo de maiores transigências que estäo degenerando o padräo de discipulado e puxando os discípulos e discípulos em potencial para fora da Família e para as fossas de Satanâs.

177. Preciso limpar e livrar a Família dessas concessöes, e a única forma de fazer isso é erguendo o estandarte bem ao alto e novamente apresentando um desafio às pessoas. (Fim da mensagem de Jesus.)

178. (Peter:) É verdade mesmo. Têm acontecido bastante ao longo dos anos de as pessoas em Lares CM näo serem discípulas em espírito e coraèäo, e seu exemplo tem arrastado e puxado as coisas para baixo. Isso realmente prejudicou a Família e obviamente a estâ destruindo. Acho que ninguém que ler isto vâ dizer: "Ah, näo, nada disso, a Família tâ com tudo, estamos às mil maravilhas. Do que é que você estâ falando, Peter?"

179. Escuta aqui, todos sabemos, e em seu coraèäo você sabe, que a Família tem afundado. E eu acho que no fundo você sabe que isso é porque nôs, como um corpo‚ näo temos verdadeiramente vivido como deveríamos.

180. (Papai:) Ser um discípulo é viver a Palavra na íntegra, näo apenas tentar cumprir o mínimo das regras e regulamentos descritos na Carta Magna.

181. Näo me entendam mal; a Carta Magna é um maravilhoso manual. E se as pessoas vivessem a Carta Magna em sua totalidade, se obedecessem ao mâximo, com certeza seriam discípulos completos! Mas agora estou falando da tendência que algumas pessoas têm de viver o mínimo da Carta‚ o padräo mínimo das regras que sabem que precisam manter para continuarem sendo membros CM, em vez de irem até o fundo com as regras e responsabilidades que lhes säo exigidas, e que na verdade säo mais importantes, mas que elas acham que näo seräo punidas por näo observarem.

182. Por exemplo, tenho certeza que, em geral, as pessoas têm cuidado e säo bastante diligentes para seguir as diretrizes sobre atividade sexual para assim näo serem excomungadas. Isso é bom! Mas quantas pessoas têm o mesmo cuidado e diligência para seguir os deveres de cada membro da Carta? Você segue o que deve fazer com a mesma seriedade que segue o que näo deve fazer, e tenta viver isso cada dia?

183. A Carta Magna tem muitos “näo farâs”, muitas regras e regulamentos, e é bom segui–las. Mas você precisa se lembrar que as coisas que deve fazer têm a mesma importãncia — viver de acordo com a Palavra ao aplicar seus princípios espirituais e prâticos no seu cotidiano. Ser um discípulo é mais do que observar as regras e regulamentos — é viver a Palavra em cada aspecto, amar o Senhor de todo seu coraèäo, alma e mente, e seu prôximo como a si mesmo, como a Lei de Amor manda.

184. Um discípulo vive a Palavra na íntegra‚ näo apenas o mínimo dos requisitos discriminados na Carta. Ele näo ama o Senhor e o seu prôximo apenas porque vive em comunidade e cumpre as regras de número de membros para um Lar, e as regras de eleièöes e as financeiras, e por obedecer às diretrizes sobre sexo e tentar näo ser excomungado. É bom fazer essas coisas, sim‚ mas é igualmente importante näo omitir as outras, como Jesus disse!

185. O que Ele disse aos escribas e fariseus? Ele disse que ao guardar a lei, a Carta Magna da época deles, eles omitiram o “mais importante da lei, o juízo, a misericôrdia e a fé”. Em outras palavras, deixaram de fora a fé e o amor, e seu servièo a Deus acabou se tornando um ritual cego de seguir regras e cerimõnias, a ponto de que se colhessem hortelä no quintal, eles guardavam dez por cento para dar de dízimo.

186. Jesus veio e os lembrou do maior mandamento e regra — o amor! Amar a Deus de todo o seu coraèäo, e seu prôximo como a si mesmo! É a regra pela qual Ele vivia, e quando você vive essa regra, näo apenas observa todas as outras leis e regulamentos, mas vai bem além.

187. Entäo, Família, estou aqui hoje para lembrâ-los disso — que discipulado é viver a Palavra na íntegra, näo apenas o mínimo das regras da Carta. Você precisa viver a Palavra toda.

188. Esta é umas das razöes porque comecei a Família. Eu me cansei de pessoas que näo estavam vivendo a Palavra, igrejeiros que sô observavam o mínimo das regras‚ os Dez Mandamentos, e ignoravam o resto da Palavra. Ah, talvez se fosse um igrejeiro mais dedicado tentava seguir mais algumas regras e regulamentos do Antigo Testamento, evitar certos alimentos, ou tentar observar algumas das admoestaèöes de Paulo sobre se separar do mundo em alguns aspectos‚ mas näo observavam a Palavra na íntegra. Eles näo obedeciam à Palavra em sua totalidade. Näo viviam a Palavra! De um modo geral, nem eram cristäos segundo o Antigo Testamento, apenas cristäos segundo os Dez Mandamentos!

189. Comecei a Família com um monte de radicais que acreditavam que podiam ser discípulos, seguidores da Palavra em cada sentido! A Família foi edificada sobre a Palavra. Nôs vivíamos a Palavra na íntegra, e isso fez notícia, porque täo poucos tinham feito isso nos últimos 2000 anos, desde a Igreja Primitiva. E pelo fato de vivermos a Palavra, o Senhor tem nos dado mais e mais dela, porque viu que a obedeceríamos e seríamos praticantes de Sua Palavra. Mas se pararmos de praticâ-la o Senhor vai comeèar a cortar Seu suprimento da Palavra‚ como também de muitas outras coisas.

190. Entäo näo seja apenas um cristäo segundo os Dez Mandamentos, ou um cristäo da Carta; seja um discípulo em tempo integral! Näo sô leia a Palavra e depois a deixe de lado; viva–a cada dia! É bom você se alimentar com a Palavra, e o Senhor fica agradecido por isso, mas você também precisa colocar a Sua Palavra em aèäo.

191. Dê uma olhada em "O que Jesus vale para você" e conte quantas vezes ela fala sobre viver na Palavra e viver a Palavra. Dê uma olhada em “Oblitere Obstacon” e verâ que o intuito de Obstacon é impedir que vivam a Palavra. Leiam “Concentrem-se no Poder” e veräo que para se concentrar e usar aquele poder é preciso viver a Palavra. Leia a série “Convicèäo versus Concessäo e Transigência” e verâ que estâ tudo relacionado a viver a Palavra — a Palavra toda! Dê uma olhada em muitas das recentes Cartas e nas centenas de Cartas mais antigas e verâ que em algum aspecto todas estäo relacionadas à questäo de viver a Palavra! Viver na Palavra e viver a Palavra näo farâ de você apenas um membro da Carta mas um discípulo, um “seguidor dos ensinamentos”!

192. Näo hâ nada mais importante do que viver e obedecer à Palavra, porque Jesus é a Palavra. Ao amar e obedecer a Palavra você estarâ amando e obedecendo a Ele. Você acredita na Palavra tanto quanto a vive. Você acredita em Jesus tanto quanto Lhe obedece. Entäo näo acredite e obedeèa apenas no mínimo! Corra atrâs do mâximo, tenha por objetivo o melhor, e vâ até o fim por Deus!

193. Estude para apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que näo tem do que se envergonhar porque se esforèa para obedecer a Palavra, näo apenas lê-la! Ele é mais do que um estudioso, ele é um obreiro! (Fim da mensagem de Papai.)

194. (Peter: ) Peèo a Deus para que o fato de eu compartilhar estas mensagens e esclarecimentos sobre o grau de discipulado de cada um esteja surtindo efeito em vocês. Estou orando — e Senhor, por favor, que assim seja — para que todos vocês compreendam isto sobre o espírito de discipulado, sobre seu coraèäo. É muito, muito importante que compreendam isto.

Estäo sendo feitas

avaliaèöes e modificaèöes

195. Vocês talvez estejam se perguntando no que tudo isso vai dar. Ora, esta queda lenta jâ existe hâ muito tempo, e agora temos que trazer o padräo de obediência de volta para o nível em que o Senhor pretendia que estivesse todo este tempo.

196. Mamäe e eu passamos quase um mês com todos os nossos COs e alguns VSs, e no tempo que ficamos juntos demos ênfase principalmente à questäo de mudar a sua perspectiva, mentalidade e maneira desequilibrada e tolerante de avaliar, e ajudâ-los a ver em que ponto eles têm sido como pais que deixam os filhos (seu rebanho) passar impunes com mal comportamento, e com isso os estragam. Deixamos claro que eles precisam ajustar sua perspectiva e comeèar a aplicar a Carta Magna como tem de ser. A maioria dos COs admitiu prontamente que têm sido lenientes, que näo têm disciplinado como deveriam nem usado a autoridade que lhes é outorgada na Carta Magna para manterem o nível de obediência da Família CM onde deveria estar.

197. Agora‚ quando esses queridos irmäos voltarem aos seus campos, estaräo analisando os Lares e indivíduos em suas âreas‚ e agindo em relaèäo àqueles que eles jâ sabem hâ um tempo que deveriam passar para a categoria FM, ser colocados em Suspensäo Condicional, ou até mesmo excomungados. Eles näo väo ser maus; näo väo agir precipitadamente, sem amor, ou ser injustos; sô väo fazer o seu trabalho‚ o trabalho que deveriam ter feito todos esses anos.

198. Alguns membros da Carta têm tentado se agarrar à sua classificaèäo CM por muito tempo, tentando efetuar as mudanèas ou melhorar a sua situaèäo, mas a coisa simplesmente näo acontece, por vârias razöes. Os COs e os VSs têm dado a alguns desses irmäos muitas chances e oportunidades de melhorarem nos aspectos em que estäo falhando, mas‚ em alguns casos, essas pessoas näo têm conseguido fazer os progressos necessârios para poderem permanecer na Família CM.

199. Os que se encaixam nessa descrièäo precisam entender que jâ tiveram anos para mudar. O Senhor tem dado a todos nôs chance apôs chance com vârias advertências e explicaèöes nas Cartas. Mesmo se alguns acharem que näo receberam tanto pastoreamento pessoal ou ajuda individual como pensam que precisavam ou deveriam ter tido, ainda assim, nosso Pastor pessoal, o Senhor, tem nos dado instruèöes, correèöes e direèöes detalhadas e uma explicaèäo muito clara do que se espera de nôs. Ninguém pode dizer que näo teve oportunidade ou informaèäo suficiente.

200. Entäo, se alguém näo mudou e näo lhe for permitido permanecer na Família CM, é porque essa pessoa näo fez o que era preciso para manter o seu discipulado. Nesses casos, Mamäe e eu instruímos os pastores do campo a usarem a autoridade e o dever que lhes säo dados pela Carta Magna para ajudar esses irmäos a entenderem que eles se encaixam melhor na Família de membros fraternos.

201. Mamäe e eu estamos andando para a frente com o novo‚ com aqueles que querem seguir! Se você for um deles, toda a ajuda que precisa estâ à sua disposièäo através das chaves e das oraèöes e apoio de seus cõnjuges e amados. Mas se acha que sua fé näo estâ à altura ou que näo tem condièöes, entäo agora é a hora de fazer um sério balanèo e se decidir. Ser membro fraterno é uma opèäo que pode muito bem ser a vontade suprema de Deus e –o mais adequado para você neste momento. Estamos orando para que o Senhor ajude cada um a encontrar o seu lugar!

202. Como eu disse, nestes últimos meses os COs e VSes foram orientados a ajudarem vocês nesse aspecto, e a oferecerem seu conselho e oraèöes, especialmente a qualquer um que näo esteja vivendo à altura do padräo de membro da Carta Magna. Por favor estejam abertos às suas observaèöes e conselhos‚ e se eles recomendarem a categoria de membros fraternos para você porque acham que é mais apropriada no seu caso, por favor, ouèa suas razöes e explicaèöes sobre as diferenèas entre o seu estilo de vida e decisöes e o padräo de discipulado estipulado na Carta Magna e na Palavra. Por favor, aceite o lugar de servièo onde você melhor se enquadra. Você serâ mais feliz e sentirâ mais paz, e nôs teremos condièöes de dar os prôximos passos que o nosso Amante tem reservados para nôs.

203. Segundo a Carta Magna, dois de três ôrgäos (o Lar, os Supervisores de Ârea, e os COs) têm que concordar para que alguém seja transferido para a categoria de membro fraterno. Se os VSs ou os COs recomendarem a categoria FM como o lugar de servièo apropriado para você no momento, é porque eles jâ oraram a respeito e concordaram com um dos outros corpos dirigentes, portanto dois estäo de acordo.

204. Os COs e os VSs avaliaräo o desempenho dos Lares e dos indivíduos em suas âreas segundo a Carta Magna (a verdadeira intenèäo da Carta Magna) e o Vinho Novo, particularmente a série "Convicèäo vs. Concessäo". Para ajudâ-los a entender como é justo que este padräo seja aplicado e por que vocês säo responsâveis, estamos disponibilizando para vocês a compilaèäo da Palavra preparada para a Família no Brasil quando lhes foi explicado a base para a avaliaèäo de seus Lares. (“O que Significa Discipulado em Tempo Integral”, CdM 3469.) Por favor estudem esta compilaèäo, pois os ajudarâ a lembrar que rumo a Família estâ tomando‚ e que rumo vocês deveriam estar tomando pessoalmente e como Lar se quiserem permanecer na Família CM.

Reestruturaèäo da Família

205. Nos prôximos dois anos (2004-2005) a Família vai mudar radicalmente. Vamos desarraigar as concessöes. Vamos nos tornar a forèa de discípulos que o Senhor exigiu que nos tornemos, porque se näo o fizermos, vamos ficar para trâs e nos tornar apenas mais uma igreja ou organizaèäo religiosa. Mamäe e eu e a alta lideranèa da Família estamos determinados a fazer tudo o que pudermos para mantermos o navio da Família flutuando. Vamos reparar as fendas e enviâ-lo ao mar mais uma vez, sem vazamentos, sem danos, e completamente reparado. Fizemos planos para reestruturar a Família de modo que a Família do futuro seja radicalmente diferente do que é hoje em dia.

206. A Família CM do futuro prôximo serâ uma Família de discípulos em tempo integral, 110%, dedicados, obedientes e totalmente convencidos da causa; sô estes teräo o título CM. Serâ uma Família composta por pessoas que querem fazer o mâximo‚ näo o mínimo, cumpridores, näo apenas ouvintes. Serâ uma Família da qual todos poderäo se orgulhar‚ que näo sô faz o trabalho de testemunhar, conquistar e pregar a Palavra, mas também de vivê-la ao mâximo. Essas mudanèas estäo comeèando a partir de agora. Näo permitiremos que o nosso navio afunde nem que se perca no mar do esquecimento e da concessäo. Vamos lutar com todas as nossas forèas para fazer da Família o que Deus quer que ela seja, ou morreremos tentando. Você estâ conosco? Estâ disposto?

Aumento no tamanho

mínimo dos Lares

207. Embora vocês väo receber mais informaèöes nos prôximos meses sobre a reestruturaèäo da Família, Mamäe e eu queremos avisar-lhes de antemäo que parte da reestruturaèäo incluirâ um aumento no tamanho mínimo dos Lares. Esta mudanèa vai junto com outras por vir. Estamos avisando-os antecipadamente porque sabemos que é uma mudanèa significativa que afetarâ muitíssimo cada Lar CM, de modo que queríamos lhes dizer o quanto antes.

208. Mamäe jâ deu dois anos de aviso prévio de que um Lar de quatro membros votantes näo é suficiente para se ter um trabalho missionârio equilibrado, entäo näo é a primeira vez que ouvem este conceito. Vocês deveriam ter tomado uma atitude para montarem uma equipe maior assim que leram essa forte admoestaèäo de Mamäe na série “Convicèäo vs. Concessäo”. Mas, se näo o fizeram — como foi o caso de muitos — entäo por favor dêem ouvidos a este alerta e pensem e orem sobre esta possibilidade.

209. A Carta Magna serâ revisada e o tamanho mínimo do Lar serâ aumentado, mas provavelmente é melhor que näo comecem a aumentar a sua equipe imediatamente porque haverâ mais conselhos que os ajudaräo a edificar uma equipe bem equilibrada com as pessoas certas, com verdadeiros discípulos. Por favor tenham em mente essa futura mudanèa, reflitam no assunto e orem por isso.

210. Além disso, se planejam renovar seu contrato numa casa pequena, ou se estäo pensando em alugar uma casa que cabe justinho a sua pequena equipe de quatro membros votantes, os aconselhamos a näo fazerem isso — se der para evitar. Se‚ porém, ao reavaliarem as suas preferências e metas, sentirem que preferem näo viver com uma equipe maior, entäo o seu estilo de vida certamente se encaixa melhor na categoria FM, e deveriam planejar de acordo.

211. Vamos lhes passar mais informaèöes assim que pudermos, se Deus quiser até abril, mas enquanto isso, o padräo a se lembrar sobre as mudanèas por vir para a Família e para cada um de nôs pessoalmente é que estamos seguindo na direèäo de mais discipulado. Vamos fortalecer o exemplo do discipulado da Família CM, e um elemento vital é a edificaèäo de fortes Lares comunitârios que sejam o exemplo dos ensinamentos de Jesus e de Papai que deveriam ser. Estamos indo rumo ao discipulado e Lares de discipulado. Entäo, se estiverem pensando em aumentar o tamanho de seu Lar, que esperamos que muitos de vocês estejam planejando‚ por favor procurem discípulos, aqueles que estäo dedicados à causa e dispostos a viver a Palavra e o verdadeiro espírito da Carta Magna.

Conclusäo

212. Mamäe e eu oramos para que näo se sintam alarmados nem temerosos ao ouvirem sobre esta reestruturaèäo da Família. Näo é nada ruim; é algo maravilhoso. O Senhor nos deu soluèöes tremendas, e o futuro promete ser muito mais brilhante, à medida que seguirmos e obedecermos. Segue-se uma mensagem do nosso Amado, a qual oro para que seja um encorajamento para vocês e os ajude a colocar as coisas na perspectiva certa.

213. (Jesus:) Eu näo desisti da Família, ainda estou investindo muito no seu futuro. Conheèo a Família e os coraèöes daqueles que se intitulam filhos de David, e hâ muita esperanèa de mudanèa e vitôria.

214. Neste momento devem dedicar seus pensamentos, coraèäo e aèäo näo para ver o que deu errado, se lamentando e lamuriando, mas tentando ver o que väo fazer agora, como väo continuar avanèando e inspirar as tropas a seguir em frente. Ainda vai haver muito progresso, e hâ esperanèa de uma reviravolta. Entäo näo se desesperem quando olharem para as grandes fraquezas da Família, porque hâ soluèöes, e estou mais do que ansioso para dâ–las. (Fim da mensagem de Jesus.)

215. (Peter:) Querida Família, queremos que saibam que Mamäe e eu estamos orando fervorosamente por vocês. Nôs amamos muito cada um de vocês e pedimos a Deus para que encontrem forèas para aceitar o desafio que o Senhor nos apresentou. Hâ muito mais por vir‚ e pela Sua graèa, vamos marchar rumo a vitôria, nos levantando como a Fênix das cinzas de uma quase derrota. Clamamos as chaves do Reino para que tenham fé, convicèäo e forèas espirituais e renovaèäo.

Com amor em nosso Marido, Peter

216. P.S. Por favor orem pela Mamäe, por mim e por nossos ajudantes nos WS enquanto preparamos o material contendo mais conselhos e explicaèöes sobre as mudanèas a serem efetuadas na Família. A maior parte do trabalho de oraèäo e aconselhamento foi feito nas reuniöes de Cúpula, e Mamäe e eu estamos muito gratos ao Senhor por ter agendado as reuniöes nessa ocasiäo e podermos ter usufruído dos sâbios conselhos e dos canais dos COs e de outros líderes que participaram. Mas ainda precisamos orar mais para confirmarmos e trabalharmos nos detalhes, como também para redigirmos as BNs, entäo‚ por favor, orem por este projeto nas suas vigílias regulares! Muito obrigado!

Invoque as chaves da Minha visäo pentadimensional — focagem ampliada da quinta dimensäo — para poderem ver com os Meus olhos e näo os seus.

As Minhas chaves de visäo pentadimensional väo eclipsar sua visäo terrena de modo que veräo as coisas como Eu quero que as vejam.

Minhas chaves de visäo pentadimensional väo corrigir instantaneamente qualquer visäo deturpada, ajudando-os a focar melhor e dando-lhes mais concentraèäo!

Invoque as chaves de uma Luz Guia, para que o caminho e as decisöes à sua frente possam ser iluminados com a Minha verdade e as Minhas respostas.

Ao acessarem e clamarem as chaves de convicèäo, Minha verdade acenderâ uma fogueira no seu espírito que näo poderâ ser apagada por concessöes.

Invoque as chaves de limpeza, para que o passado seja tirado do seu espírito e mente — erros passados, padröes de pensamento passados‚ mentalidades passadas e velhas maneiras de agir.

As chaves do Reino väo retirar as escamas de seus olhos e iluminar a sua visäo, para que esteja alinhada com a Minha.

As chaves de convicèäo väo derrubar quaisquer entradas e trincheiras de concessäo por mais largas ou profundas que sejam.

Invoque as chaves companheiras de dedicaèäo inabalâvel, realidade radical e fé louca, para que possam estar à altura do desafio e das mudanèas à sua frente!

As chaves de conscientizaèäo e discernimento o capacitaräo a ver no espírito e näo na carne.

As chaves de revelaèäo väo abrir sua mente e olhos para as Minhas respostas e soluèöes sobrenaturais.

Quando a mente ou a carne luta para näo abandonar o passado, clame as chaves de mudanèa radical para que possa ser o revolucionârio que quero que seja.

Invoque as chaves da mente de Deus, para que tenha acesso à forèa do Meu pensamento e pense "além dos moldes" da sua prôpria mente.

Quando a sensitividade ameaèar tolher o seu crescimento, invoque as chaves de flexibilidade, para que possa aceitar a correèäo e a instruèäo sem problemas.

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(fim de arquivo)